Luís Montenegro, presidente do PSD e líder da AD, acredita que Portugal pode crescer 5% ao ano com a baixa de impostos que propõe no programa eleitoral. A campanha da coligação para as eleições legislativas passou o dia a evitar a chuva.
Os brindes são uma tradição nas campanhas eleitorais, mas desta vez as ofertas vão ter utilidade imediata. Às bandeiras e canetas, a AD junta as capas e os guarda-chuvas.
A confiança da AD não é apenas num bom resultado. Mesmo com uma probabilidade de 100% de chuva, o líder da coligação aposta nas abertas.
A rua tem sido o terreno preferencial da AD, mas a chuva que ameaçou boa parte da campanha conseguiu trocar as voltas aos planos desenhados para a Afurada. A banda teve de se abrigar, houve quem não se tivesse intimidado, mas foi preciso encontrar um plano B.
A sala montada em cima da hora serviu para duas intervenções rápidas de um convidado repetido e do líder da aliança.
"O São Pedro, que é o padroeiro desta terra, hoje quis abençoar a nossa visita cá", afirma Luís Montenegro.
Mas a mensagem do dia ficou para o almoço. Os empresários ouviram Montenegro falar da baixa de impostos que a AD defende, mas também de um objetivo ambicioso:
"Nós conseguimos crescer a 3, a 4 e a 5%, conseguimos. Porque é que a minha geração, a vossa geração há de estar renitente quanto à sua próxima capacidade".
Com os dados lançados para uma eleição que na AD já todos acreditam difícil de escapar, há tempo para os autoelogios.
"Eu nunca quis dizer que era um grande fazedor, mas há uma coisa que tenho que reconhecer: eu já fiz muito nesta campanha para fortalecer, engrandecer a atividade política ao ter colocado muitas pessoas que pura e simplesmente não fazem parte dos quadros que temos nos partidos", diz o líder da AD.