António Costa, primeiro-ministro demissionário, exerceu o direito ao voto em Lisboa e garantiu que não irá ser candidato às eleições Presidenciais de 2026. Costa deixou também um agradecimento a “todos os que permitem que esteja a decorrer em todo o país com total normalidade”.
“Celebramos este ano os 50 anos da nossa democracia e não há melhor forma de celebrar a nossa democracia do que exercer o direito de voto”, disse Costa, apelando aos portugueses que “votem, escolham, decidam”.
O primeiro-ministro sublinhou que “há uma oferta partidária bastante diversificada e cada um, na sua consciência, saberá qual a melhor solução para o futuro do nosso país”.
“O que é fundamental é ninguém ficar em casa, ninguém deixar os outros decidir por eles e cada um fazer a sua escolha”, sublinhou.
Quando questionado se voltaria a demitir-se, Costa sublinhou a sua função na proteção das instituições e voltou a dizer que “um primeiro-ministro não pode nem deve estar sob suspeição”. Sobre a realização de eleições antecipadas, disse que são “decisões subsequentes” que o “transcendem”.
Sobre o futuro político, António Costa fechou a porta a uma candidatura à Presidência da República em 2026, mas, sobre a potencial ida para a Comissão Europeia, não quis “fazer especulações”.
“A minha função é executiva, essas funções presidenciais não fazem o meu estilo. Comentar o que os outros fazem, opinar sobre o que os outros devem fazer não é bem o meu estilo e a minha forma de estar na vida política”, disse.
E rematou: “Podem estar descansados, ninguém vai ter de se incomodar a vir votar em mim [daqui a dois anos].”
O primeiro-ministro disse ainda que estas eleições são as primeiras em “quase 30 anos” em que não é candidato e, por isso, vai dedicar-se a um “puzzle” para “gerir a ansiedade”.
“Estou naquela situação do jogador que passa a adepto. Tive ainda a felicidade de assistir a muitos jogos ao lado do Eusébio e hoje percebo melhor o nervosismo que ele tinha quando estava na bancada.”
Costa diz ainda que se o PS não vencer esta noite eleitoral, irá “expressar solidariedade” para com o partido. No entanto, se vencer, “ninguém precisa” dele para festejar.