Ramalho Eanes entende que as eleições legislativas de hoje "são especiais em importância" devido ao período de tensão que o mundo atravessa. Destaca os problemas que afetam o dia a dia dos portugueses, entre os quais os "económicos, financeiros e de inflação" e espera que os mesmos não se traduzam em "problemas militares".
"Perante uma situação destas há que preparar o país, a economia do país, a vida dos portugueses para que se tudo isto acontecer - espero que não - possam responder de uma maneira salutar, evitando que os problemas sejam maiores", acrescenta.
Sobre os indecisos, Ramalho Eanes afirma que representam "um bom sinal" porque significa que "os portugueses não vão votar de forma clubística", mas sim de forma ponderada e pensada.
Na sua opinião, a campanha eleitoral "foi interessante", contudo lamenta que durante esse período não tenha sido "tratada a questão internacional e dos perigosos que daí advêm para o país".
Revela que não participou na campanha porque a sua presença "iria produzir apenas ruído". Garante ainda "não estar preocupado" em relação ao dia de hoje.
"Acredito nos portugueses e acredito até na ciência política porque quando se olha para a História chega-se à conclusão que mesmo quando parece que votaram mal conclui-se, afinal, que votaram bem", nota.
Por fim garante estar convicto de que a "abstenção vai diminuir".