Um governo minoritário da AD “não vai ter vida fácil”, mas Luís Montenegro deverá manter a palavra dada e não procurar apoio no Chega, considera Bernardo Ferrão. Uma coisa é certa: “o mundo mudou ontem à noite”, aponta, em declarações no Primeiro Jornal da SIC.
Para José Gomes Ferreira, André Ventura vai acabar por ser decisivo para a estabilidade política, uma vez que terá de viabilizar os orçamentos da AD. “Não estou a ver Luís Montenegro a governar com o Orçamento de António Costa”, nota, “vai querer um orçamento retificativo.”
Em abril do próximo ano, os deputados do Chega vão começar a pressionar o governo para entrar no poder, e não aprovarão o próximo orçamento, antecipa Gomes Ferreira. Por isso, podemos esperar “eleições agora em novembro ou em setembro do ano que vem”, defende.
Luís Montenegro “vai ter de negociar com todos”, instalar-se “como força do centro” e tentar que o Chega aprove algumas medidas, defende Bernardo Ferrão. “É uma espécie de governo à Carlos Moedas.”