Eleições Legislativas

Com enganos (ou não), na falta de deputados entram 340 mil euros nos cofres do ADN

Pode não ter dado para um deputado, mas para a próxima já dá para receber os apoiantes de outra forma. Ao conseguir 100 mil votos, a Alternativa Democrática Nacional já mete nos cofres 340 mil euros de subvenção pública.

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Com este engano ou nem por isso, a AD pode ter perdido três deputados, feitas as contas e num cenário em que todos os votos do ADN passariam para a Aliança Democrática, a coligação liderada por Luís Montenegro elegeria mais um deputado em Lisboa, Coimbra.

Foi por muito pouco, mas ainda que não conseguisse eleger um deputado, a Alternativa Democrática Nacional conseguiu 100 mil votos, quando ainda nas últimas eleições tinha recolhido 10 mil. Tudo indica que os eleitores fizeram confusão com a sigla da AD e votaram onde não queriam.

Pode não ter dado para um deputado, mas para a próxima já dá para receber os apoiantes de outra forma. Ao conseguir 100 mil votos, a Alternativa Democrática Nacional já mete nos cofres 340 mil euros de subvenção pública.

Há dois anos, nas últimas eleições, só tinha convencido 10 mil portugueses, mas parece que agora muitos se enganaram a votar. Pelo menos durante este domingo, vários eleitores se queixaram que não colocaram a cruz no sítio certo. A AD de Luís Montenegro veio de imediato pedir à Comissão Nacional de Eleições para alertar os eleitores das semelhanças nos boletins de voto, só que a CNE respondeu que não havia nada a fazer. Os partidos é que escolheram as siglas e os nomes nos boletins de voto.

Mas o mais curioso é que a AD liderada por Luís Montenegro parece ter adivinhado que ia dar confusão, quando há semana e meia colocou um vídeo nas redes sociais a alertar os eleitores. Mas para o ADN isso são só más línguas, se o partido conseguiu 100 mil votos é porque os portugueses gostaram das suas ideias.

A AD pode ter perdido três deputados. Feitas as contas e num cenário em que todos os votos do ADN passariam para a Aliança Democrática, a coligação liderada por Luís Montenegro elegeria mais um deputado em Lisboa, Coimbra e Viseu.