Filha de pais angolanos, Eva Cruzeiro nasceu em Portugal, cresceu na Arrentela e a carreira no hip-hop começou no improviso, sempre sem filtros.
A artista começou a ganhar outra dimensão em 2006, com uma sessão de improviso publicada na internet com Sam The Kid e Sir Scratch.
Mas é um vídeo de 2022 que está a dar que falar.
"Eu sou africana, ‘tou-me a cagar para a guerra na Ucrânia. Esses gajos que se matem como nós nos matamos. Eles não se importam connosco, então, nós não nos importamos."
"Eu sei que se isto cair na ‘net, muitos vão falar mal, mas a mim não me compete agradar a toda a gente."
O vídeo é bem oposto ao que o PS defende para a Ucrânia e, por isso, tem sido muito partilhado nas redes sociais. Até porque, agora, “Eva RapDiva” é a oitava candidata por Lisboa nas Legislativas.
No entanto, fora da música, Eva Cruzeiro demonstra estar ideologicamente próxima do partido.
“A minha entrada na política institucional não representa uma mudança de caminho, mas sim um novo capítulo da mesma luta. Uma extensão natural de uma caminhada feita de ativismo e compromisso com a justiça social. (...) Vivemos tempos difíceis, marcados por incerteza, desigualdade e ataques cada vez mais frequentes aos nossos direitos fundamentais. Perante isto, não podemos ficar indiferentes. A minha candidatura é, também, um grito de alerta e um apelo à mobilização."
A SIC tentou contactar Eva Cruzeiro, mas sem sucesso.