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Eleições Legislativas

Pedro Nuno insiste no voto PS, Rui Tavares elenca condições para ser "parte da solução"

Na véspera do fim de semana da Páscoa, os candidatos do PS e do Livre trocaram argumentos na SIC, num frente-a-frente em que os grandes temas ficaram de fora e aquilo de que mais se falou foi sobre o destino do voto dos indecisos, com Pedro Nuno Santos a reforçar o apelo ao voto no PS e Rui Tavares a 'sacar' da sondagem SIC/Expresso para responder. E se concordam com uma herança social, o valor afasta-os.

Todo o direto

Pedro Nuno não é ladrão de votos mas insiste no apelo, Rui Tavares avisa que "PS sozinho" não chega ao Governo

Coube a Pedro Nuno Santos (PS) dar o tiro de partida num debate em que os grandes temas ficam de fora e que o foco se centrou no destino do voto dos indecisos. Se o socialista insistiu no voto no PS, Rui Tavares (Livre) alertou que as pessoas "não querem ver o PS sozinho no Governo”. E se é muito mais o que os aproxima do que aquilo que os separa, o valor da herança social é uma dessas exceções. Apesar de uma ou outra farpa lançada pelo candidato do Livre, fechou o frente-a-frente a elencar oito condições para ser “parte da solução”.

O debate PS e Livre na íntegra

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Na véspera do fim de semana da Páscoa, os candidatos do PS e do Livre trocaram argumentos na SIC, num frente-a-frente em que os grandes temas ficaram de fora e aquilo de que mais se falou foi sobre o destino do voto dos indecisos, com Pedro Nuno Santos a reforçar o apelo ao voto no PS e Rui Tavares a 'sacar' da sondagem SIC/Expresso para responder. E se concordam com uma herança social, o valor afasta-os.

Como ajudar os idosos?

Pedro Nuno insiste no voto PS, Rui Tavares elenca condições para ser "parte da solução"

Carolina Rico

A propósito do Complemento Solidário para Idosos, Pedro Nuno Santos lembra que a aposta sempre foi reforçar este apoio mas não se pode "desvalorizar a dimensão contributiva da segurança social".

A pensar nos idosos, é preciso mudar a perspetiva na saúde, aponta o socialista, com mais apoio domiciliário e preventivo.

As condições do Livre para ser "parte da solução"

A fechar, Rui Tavares elencou as condições para ser "parte da solução" porque "o Livre acredita no peso negocial".

"Um governo em que a fasquia ética seja elevada, em que haja investimento na habitação e educação e não haja privatização do SNS, em que o apoio à Ucrânia seja forte, voz portuguesa na Europa que diga a Trump e Putin que quem manda na Europa são os europeus, e que a Palestina seja reconhecida nos primeiros dias do Governo, o Livre é parte da solução"

O muito que aproxima PS e Livre

Pedro Nuno insiste no voto PS, Rui Tavares elenca condições para ser "parte da solução"

Carolina Rico

"Na oposição eu não consigo integrar as tuas propostas!", insiste Pedro Nuno Santos, garantindo que não quer "roubar votos".

Apenas sem dispersão de votos será possível derrotar a AD.

São muitas as coisas que aproximam PS e Livre, diz Pedro Nuno Santos: "Temos todas as condições para ter um Governo ecologista, europeísta, que defende um Estado social sólido.

A única diferença é que o PS tem um projeto mais "prudente" e "realista".

Rui Tavares: "As pessoas não querem ver o PS sozinho no Governo"

Partilhando a defesa de que o Complemento Social de Inserção "deve ser reforçado e aproximar-se do Salário mínimo, é uma das maneiras de erradicar a pobreza". O PS esteve oito anos no Governo e só voltará ao poder se mostrar capacidade de aprender muito rápido. As pessoas não querem ver o PS sozinho no Governo, para mostrar isso é preciso mostrar que aprender rápido.

"Mesmo fazendo desaparecer todos os partidos à esquerda, o PS não chegava lá"

A propósito de sondagens, Rui Tavares aproveitou para deixar a farpa ao adversário dizendo que a sondagem da SIC/Expresso mostra que mesmo "esmagando ou fazendo desaparecer todos os partidos à esquerda e mesmo assim o PS não chegava lá".

"Não querias que a CP fosse descapitalizada" - "Na oposição não consigo integrar as tuas propostas", interrompeu Pedro Nuno. Agora "Montenegro caba-se dela, e dizem que o Livre só influencia se o PS estiver no Governo, mas não é real, e também vemos o PS a roubar-nos ideias".

"Não é verdade que sabemos o que o Presidente vai fazer a 19 de maio", destacou Rui Tavares, lembrando que Marcelo quer "a garantia de que o programa não seja rejeitada".

"O PS pode ficar com um voto a mais, não precisas de vir roubar 50 mil votos ao Livre, basta ires buscar 25 mil à AD", dissse, sustentando que as pessoas, os portugueses vão aproveitar a pausa da Páscoa e vão comentar: 'vi naquele debate o melhor Governo para o país'"

O apelo de Pedro Nuno Santos: eleitores do Livre, votem PS!

Pedro Nuno insiste no voto PS, Rui Tavares elenca condições para ser "parte da solução"

Carolina Rico

Pedro Nuno Santos volta a fazer uma piscadela de olho ao seu potencial parceiro, desta vez apelando diretamente aos eleitores do Livre: o partido de Rui Tavares poderá influenciar um governo socialista, mas para isso é preciso que os socialistas vençam as eleições.

Ora, se em vários distritos o Livre não consegue eleger deputados, a escolha dos apoiantes do partido deve recair no voto útil que mais beneficie o Livre, evitando "dispersão de votos", argumenta.

"Temos de ser responsáveis"

Pedro Nuno insiste no voto PS, Rui Tavares elenca condições para ser "parte da solução"

Carolina Rico

Tudo muda quando um partido tem uma maior probabilidade de ser eleito, lembra Pedro Nuno Santos. É preciso pensar num orçamento de Estado.

"O PS pode ser confrontado com a Governação. Isso implica que temos de ser responsáveis (...) temos um projeto que é mais realista."

"Entre 500 ou 5.000 mil euros, eu sei o que os jovens querem"

Rui Tavares insiste que o Estado está a "prescindir de recursos com o IRS Jovem" porque benefica "os jovens que têm salários mais altos e não beneficia aqueles que são da classe média e média baixa". "Uma herança social de 8.500 euros aos 19 anos é investimento" e posteriormente "potencial económico, é apenas dar aos jovens a mesma oportunidade de muitos que têm herança, e ainda bem, mas queremos que seja para todos".

A questão que se coloca é: "entre 500 euros ou 5.000 mil euros, eu sei o que os jovens querem".