Quanto à criminalidade, "tenho impressão que a taxa de crime é superior na bancada do Chega" que "desrespeita as polícias quando não respeita os dados", disse referindo-se ao RASI. ventura atira para a discussão o assalto à viatura de Joana Mortágua no Martim Moniz. Mariana Mortágua não o deixou sem resposta: "Percebo a sua preocupação mas posso dizer-lhe que não está confirmado que foi um deputado do Chega". Insistindo em que "não há relação entre criminalidade e imigração", a bloquista sublinha que "o crime que mais mata é a violência doméstica" e termina: "O dr. Ventura meteu-se num avião para ir a Washington para ajoelhar-se na tomada de posse de um agressor sexual condenado: Donald Trump"

"Tem uma política única que é o racismo, eu tenho uma política unica que é o humanismo. Somos diferentes por isso. O apelo que faço ao povo de esquerda, ao povo que tem orgulho na liberdade é que saiam à rua no 25 de Abril"

O presidente do Chega diz que ainda há necessidade de estabelecer quotas para controlar a imigração. Acusa o governo apoiado pelo BE de ter deixado entrar milhares sem verificação.

Ventura usa o caso do assassinato de um jovem em Braga para atribuir a morte a uma comunidade imigrante.

"Vocês são uma fraude política e não me venha com o racismo nem com o humanismo", atirou o líder do Chega à coordenadora do BE.

Acusando o líder do Chega de não se importar em "dar vistos gold" a pessoas que compraram "casa por 500 mil euros". "Ai nunca quis saber, pode vir a corrupção, podem falar chinês, não importa". "Há uma diferença, aparentemente é moda atacar imigrantes, eu não cedo a modas. Vem para a economia, estão a trabalhar, e assim temos duas escolhas: regularizamos, intregramos, esta é a política humanista; a outra não se regulariza e o que se diz é queremos mais imigração clandestina e da máfia"

"A economia precisa destas pessoas. Ventura tem uma única política que é o racismo. Eu tenho uma política para todos - mais de meio milhão de pensões são pagas por imigrantes"

"Quer bandalheira em Portugal" e "viver à conta" dos votos dos migrantes, disse também Ventura a Mortágua, a propósito do direito ao voto de cidadãos estrangeiros, proposta do BE.

"Por mim, não passarão. Se quiserem dar direito de voto a esta gente toda que acaba de chegar (...), há um muro intransponível dos 21% do Chega aos 2% do Bloco", declarou.

Sober imigração, Mariana Mortágua lembrou o artigo 15 do projeto do BE para rever a Constitução e que diz que "pessoas que residam em Portugal há pelo menos quatro anos podem eleger. Porquê? Porque se os imigrantes são bons para pagar impostos, então podem ter uma palavra a dizer. A minha política é para todos, a sua é ganhar no egoísmo"

"Acabou o tiktok?" questionou Mortágua, depois de o líder do Chega acusar o Bloco de Esquerda de defender a ocupação de casas. "Quero casas legais para todos, é por isso que quero que os preços baixem e proponho um teto às rendas. Chega defende vistos gold, especulação, todas as medidas que fizeram subir o preço das casas, o dr. Ventura não quer saber da habitação". "Sei que nada o comove, a mim comove-me ver pessoas em tendas, na rua, a trabalhar sem conseguir pagar uma casa e ter uma casa legal. o dr, Ventura não é capaz de me dar uma medida para baixar os preços"

Ventura acusa o Bloco de Esquerda defender a invasão de propriedade privada e a ocupação de casas. "Deixe-se de tretas", disse o líder do Chega à coordenadora do Bloco de Esquerda, acusando o partido de ter grandes casas.

André Ventura insiste que Joana Mortágua, dirigente do BE e irmã da líder do partido, defendeu que é legítimo ocupar casas.

Ventura admite que o Chega recebe vários donativos, mas atira que não recebe de várias fontes, trazendo à baila o caso do alojamento local de Ricardo Robles e atirando que a própria Mariana Mortágua recebeu dinheiro de outras fontes, enquanto deputada.

O líder do Chega acusa depois Mortágua de não saber como funciona a economia portuguesa, afirmando que o país entrava "em colapso" se o BE fizesse as nacionalizações que quer.

Em relação às tarifas de Trump, Ventura afirma que os "amigos da China" e outros países do BE invadem o mercado e prejudicam a UE. Fala numa "invasão de produtos baratos e mão-de-obra escrava". "Quase tão escrava como a do BE que despediu grávidas", referiu, em jeito de provocação.

Ventura admite que concorda com o protecionismo de Trump e assume que pretende replicá-lo. "Se eu for primeiro-ministro português - a Mariana Mortágua duvido que alguma vez seja primeira-ministra -, vou ser protecionista, vou. Até não conseguir mais", declarou.

"Mortágua vem brincar aos legos, mas a economia chinesa não é uma brincadeira", continuou. "Eu posso ganhar, a Mariana Mortágua está a brincar aos políticos".

"Os preços em Portugal têm subido, a habitação tornou-se impossível para a maioria das pessoas", diz Mortágua, voltando a defender o modelo da holanda como "uma boa opção. Mas "depois há o outro lado, o Chega defende o sistema, a especulação, a elite"

Para explicar melhor, "com factos", Mariana Mortágua recorre a legos com cores para ilustrar as importações portuguesas e existiu: "Deve dizer aos portugueses que a sua proposta é um imposto sobre combustíveis"