"Falta ambição" ao PS e "falta de vergonha" à AD: o debate entre Montenegro e Pedro Nuno
Nuno Fox

Terminado

Eleições Legislativas

"Falta ambição" ao PS e "falta de vergonha" à AD: o debate entre Montenegro e Pedro Nuno

O duelo final entre Luís Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS) aconteceu esta noite na Nova SBE e com o apagão a marcar o arranque de um debate onde não faltou a saúde, economia, pensões, habitação mas também acusações (duras) de parte a parte: "não tem autoridade moral", "não se vitimize", "falta de ambição", o que "falta de vergonha". A fechar, o apelo ao voto do social-democrata na "estabilidade", e do socialista na "confiança". No pós-debate, os comentadores SIC analisarão e avaliarão as prestações dos candidatos.

Todo o direto

Pedro Nuno Santos: "A Comissão Parlamentar de Inquérito mantém-se prevista"

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O último duelo entre Luís Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS) teve lugar esta noite na Nova SBE, em Carcavelos. O Secretário-Geral do PS evocou o polémico caso da Spinumviva, que envolve o primeiro-ministro, sublinhando que “ser sério é não misturar política com negócios”. Pedro Nuno Santos reforçou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) depende da atuação do chefe do Governo, considerando, no entanto, que este não irá fornecer os esclarecimentos em falta — razão pela qual a comissão se mantém ativa.

Luís Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS): quem teve a nota mais alta?

Os comentadores SIC, Ricardo Costa, Paulo Baldaia, Raquel Abecasis, Miguel Morgado, Bernardo Ferrão, Ângela Silva, Martim Silva, e Miguel Prata Roque, analisam o frente-a-frente entre o líder da AD-Coligação PSD/CDS e o secretário-geral do PS e dão nota aos protagonistas do derradeiro debate rumo às eleições legislativas.

Montenegro: "Na minha vida, nunca tive o objetivo de ser primeiro-ministro"

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O líder do PSD refere que Pedro Nuno Santos tem como seu objetivo de vida ser primeiro-ministro e que ultrapassou muito limites para tentar chegar a esse fim.

Pedro Nuno Santos: "Ser sério é não misturar a política com negócios"

"Falta ambição" ao PS e "falta de vergonha" à AD: o debate entre Montenegro e Pedro Nuno

Mariana Jerónimo

O presidente do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, momentos antes do início do debate televisivo com o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro (ausente na fotografia), no âmbito das eleições legislativas, Cascais, 30 de abril de 2025.
O presidente do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, momentos antes do início do debate televisivo com o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro (ausente na fotografia), no âmbito das eleições legislativas, Cascais, 30 de abril de 2025.
TIAGO PETINGA / LUSA

Após o debate com Luís Montenegro, o Secretário-Geral do Partido Socialista (PS) recordou as palavras do primeiro-ministro sobre "não se misturar a política com negócios". Para Pedro Nuno Santos, o caso da Spinumviva é o exemplo de que o chefe do Governo falhou com a sua palavra.

Montenegro: "Vou continuar focado em garantir a estabilidade"

"Falta ambição" ao PS e "falta de vergonha" à AD: o debate entre Montenegro e Pedro Nuno

SIC Notícias

"Falta ambição" ao PS e "falta de vergonha" à AD: o debate entre Montenegro e Pedro Nuno
TIAGO PETINGA // LUSA

Após o debate com Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro realçou estar comprometido com garantir a estabilidade no país, face aos tempos desafiantes vividos no mundo.

A declaração final de Pedro Nuno Santos: "Pode confiar"

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No último minuto de debate, Pedro Nuno Santos deixa o compromisso de defender as pensões públicas, baixar o custo de vida (com o IVA Zero no cabaz alimentar e a descida do IVA na energia) e promete melhorar os rendimentos dos portugueses, salientando grupos como os idosos, os jovens e as mulheres.

"Pode confiar. Pode confiar no Partido Socialista", conclui.

A declaração final de Luís Montenegro: "Estou aqui para governar"

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"Não estou aqui para ataques pessoais. Estou aqui para governar, decidir, executar, durante este ano fomos capazes de tomar decisões que estavam adiadas, arrastadas, valorizámos o trabalho, a posição dos jovens, as pensões, mas também transformámosos serviços públicos (...) queremos acabar com a pobreza mas a pobreza só acabará se formos capazes de gerar riqueza".

"Governo caiu por tática política", reitera Montenegro

Compromissos pós 18 de maio? "Continuarei a governar com os mesmos princípios que demonstrámos. Apesar da instabilidade do PS, nunca desistimos do diálogo político a bem da estabilidade do país", prova disso, vincou, é o facto de este debate não ter lá fora uma manifestação, Governo caiu por tática política e os portugueses têm agora na mão o instrumento para dar ao Governo a estabilidade". E se AD não vencer? "Firme no propósito de estar focado nos problemas das pessoas, estabilidade é aquilo que os portugueses vão decidir no próximo dia 18 de maio" decisões importantes aproximamo-nos do PS, não hesitou em fazer aumentar a despesa em mais de mil milhões com o acordo com o Chega".

Pedro Nuno foge a compromisso para viabilizar novo OE de um Governo da AD

Questionado sobre se está disposto a dialogar para a viabilização do próximo Orçamento do Estado, Pedro Nuno Santos responde que trabalha com humildade para conseguir a confiança dos portugueses para vencer as eleições.

Fala em reunir "todos os esforços para dialogar e criar condições de governabilidade para haver um governo que represente uma mudança segura"

"Tudo faremos para ter a estabilidade política que, infelizmente, Luís Montenegro já não consegue dar ao país", declara.

Lembra que o Presidente da República convidará o partido mais votado a formar governo. "É por isso que é tão importante que não haja dispersão de votos", insiste, frisando a importância de "ter os votos necessários para derrotar a AD".

Rejeita deixar o compromisso de que voltará a viabilizar um OE de um eventual governo da AD, como aconteceu no último ano.

Montenegro reconhece dificuldades em pagar Porta 65 e explica porquê

Sobre a proposta do PS de que os dividendos da CGD sirvam para financiar apoios à habitação, Montenegro alerta que "nenhum programa deve estar dependente dos dividendos da CGD sob pena de poder fracassar em anos em que não há dividendos".

Acusando o adversário de ter uma "visão contrária ao investimento" e de ter "ideias que ainda estamos a pagar", Montenegro focou-se no Porta 65 reconhecendo dificuldades no pagamento mas justificando que há "mais 500 candidaturas por mês porque eliminamos critérios que afastavam os jovens - como o teto máximo que agora é do apoio não é da renda". Mas não só "passámos de seis recibos de vencimento para três, e invertemos a lógica primeiro candidatam-se e depois procuram casa, isto provocou um aumento". Ainda assim afirmou: "Os jovens são fundamentais, uma prioridade máxima, só assim se vão manter em Portugal, e contribuir para a recuperação do país".