Na arena do debate político, Inês de Sousa Real joga ao ataque. Diz que a entrada de históricos do PSD na campanha é "mais do mesmo". Para o futuro, o PAN mostra-se disponível para geometrias variáveis e diálogo com todos — menos com o Chega, a quem impõe uma cerca sanitária.
"Que fique claro que o PAN jamais viabilizará uma solução governativa que inclua um partido que para além de ter uma agenda de extrema-direita, uma agenda de discriminação, xenofobia e racismo, tem enganado os portugueses. Tem capturado o sentimento de indignação e de insatisfação dos portugueses para seu proveito eleitoral."
Com várias sondagens a apontarem o risco de extinção, o PAN regressou às origens e dedicou a manhã à causa animal.
De visita a uma associação de proteção de gatos, na Maia, e a um hotel canino, em Vila do Conde, Inês de Sousa Real defendeu a criação de um Serviço Nacional de Saúde Animal, financiado com os 18 milhões de euros atualmente atribuídos às touradas.
"O Estado tem de dar este passo e criar o SNS Animal e baixar o IVA da saúde animal. Não podemos ter uma sociedade em que o Governo opta por apoiar as touradas, dar mais de 18 milhões de euros para a tauromaquia e baixar o IVA das touradas, mas depois vira as costas às famílias que têm animais de companhia", declarou Inês Sousa Real.
Em Portugal, estão registados mais de quatro milhões de animais de companhia — e é a quem cuida deles que o PAN tenta agora agarrar-se.