O presidente do Chega, André Ventura, que regressou esta quinta-feira à campanha, justificou o tratamento VIP no hospital por temer pela vida. Argumenta que havia ciganos a quererem matá-lo.
Em declarações aos jornalistas no regresso à campanha, agradece à equipa de profissionais que o tratou no Hospital de Faro, depois de se ter sentido mal num jantar comício em Tavira.
André Ventura diz que mantém as críticas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Conta que viu o "sofrimento dos doentes" em macas encostadas no corredor, contudo, os profissionais de saúde trabalhavam para "lutar contra isso".
"Não são os profissionais de saúde que nos falham, é o Estado que lhes falha todos os dias, plenamente", afirma.
Aos jornalistas, destaca ainda que o Presidente da República o contactou, agradecendo o gesto. Acrescenta que Marcelo Rebelo de Sousa lhe deu "vários conselhos" de saúde, inclusive não regressar à campanha eleitoral.
"Sou e fui um grande crítico do Presidente da República. Não podia deixar de agradecer", refere.
Questionado sobre a assistência de um imigrante alemão quando se sentiu mal no jantar comício, Ventura explica que, para o Chega, "quem vier para trabalhar e se integrar" é bem-vindo.
"Queria que os ciganos me matassem no corredor?"
O presidente do partido de extrema-direita diz que entrou no Hospital de Faro através do INEM e que o colocaram numa sala com segurança à porta, alegando que havia "pessoas a desejar a sua morte" no exterior.
"Queria o quê? Que os ciganos me matassem num corredor?", questiona.
No regresso à campanha, Ventura volta a sentir-se mal
André Ventura regressou esta quinta-feira à campanha, em Odemira, contrariando as recomendações dos médicos após o episódio de "refluxo gastroesofágico com pico hipertensivo associado".
Após discursar aos jornalistas e contactar com alguns locais, o presidente do Chega voltou a sentir-se mal.