Maria João Avillez considera que o que aconteceu, este domingo, foi uma “mudança estrutural de ciclo político”. A comentadora SIC responsabiliza também por completo Pedro Nuno Santos pelos resultados obtidos pelo PS.
Sublinhando que o país pode estar “em estado de choque, espantado, aflito, desgostoso” com as projeções eleitorais, Maria João Avillez afirma, contudo, que esta mudança era “previsível”. “Isto estava a amadurecer”, repara.
Para a comentadora SIC, o Chega teve um “empurrão extraordinário” da “encenação da misteriosa causa” da doença de André Ventura durante a campanha. Mas, essencialmente, afirma, este resultado do partido deve-se ao facto de acolher aqueles “que os partidos não foram capazes” de acolher: “as pessoas que ficaram para trás, que estão ressentidas”.
Quanto aos fracos resultados do PS, Maria João Avillez considera que não é preciso procurar as causa desta “derrota” fora da “liderança de Pedro Nuno Santos”.
“Foi a natureza dele, instável, um pouco errática e irrascível, que veio ao de cima”, defende, relembrando o peso de casos como o do pagamento na TAP autorizado por WhatsApp e os avanços e recuos quanto à aprovação do último Orçamento do Estado ou à comissão parlamentar de inquérito ao caso da empresa familiar de Luís Montenegro.