O líder do PSD/Madeira foi, esta quarta-feira, indigitado o Palácio de São Lourenço, a residência oficial do representante da República, no Funchal. À saída, em declarações aos jornalistas, Miguel Albuquerque destacou que “é fundamental que este seja um Governo com uma postura de maior diálogo, maior incidência parlamentar”.
Mas Albuquerque está confiante de que o seu executivo minoritário, com apoio parlamentar do CDS-PP, terá estabilidade para “cumprir os quatro anos” da legislatura.
“Acho que sim, acho que é isso que as pessoas querem” e “sinto-me muito bem”, assegurou aos jornalistas, adiantando que ", neste momento, a minha ideia é apresentar ao senhor conselheiro [representante da República] a composição do governo na segunda-feira, às 17:00, e depois tomar posse na quinta-feira", ou seja, dia 3 e 6 de junho, respetivamente.
A tomada de posse está marcada para o próximo dia 6 de junho.
Depois de Albuquerque se afirmar disponível para assegurar um "governo de estabilidade", na segunda-feira o PS e o JPP (que somam 20 deputados) anunciaram "uma solução de governo conjunta" no arquipélago, a apresentar ao representante da República, e apelaram à participação dos restantes partidos, à exceção do PSD e do Chega, "de modo a construir um apoio parlamentar mais robusto".
Na terça-feira de manhã, antes de serem recebidos por Ireneu Barreto, Albuquerque e o líder regional do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, estabeleceram um acordo de apoio parlamentar que também mantém o democrata-cristão como presidente do parlamento regional.
Os dois partidos, que concorreram em separado ao sufrágio, governavam a região em conjunto desde 2019.
As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as anteriores legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando Albuquerque foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
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