Para o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, são só elogios e palavras de respeito por parte dos países europeus. Da Alemanha à Espanha passando pelo Luxemburgo, muitos sublinham que com o democrata a relação transatlântica é boa enquanto que, nos tempos de Donald Trump na Casa Branca, era sobretudo tensa.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Hadja Lahbib, relembra que a "retirada de Joe Biden não significa a vitória de Donald Trump". Já o Chefe da Diplomacia Europeia, Josep Borrell, refere que "haverá uma diferença significativa nas relações transatlânticas" dependendo de quem estiver à frente da presidência dos Estados Unidos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, espera que as relações com a NATO e a Ucrânia se mantenham nos mesmos termos.
O próximo encontro de ministros dos Negócios Estrangeiros deveria acontecer em agosto, em Budapeste. Alguns ministros queriam ir, outros não e o Chefe da Diplomacia Europeia decidiu mudar a reunião para Bruxelas.
É também uma forma de mostrar que, a esmagadora maioria, não gostou da visita do primeiro-ministro Viktor Orbán a Moscovo, nem concorda com as declarações do Governo húngaro.
Vários países, incluindo Portugal, não estão a enviar ministros, mas sim os Secretários de Estado às reuniões que acontecem em Budapeste. Paulo Rangel diz que não se trata de "nenhum boicote político" e prefere antes falar em "sinal político".
Já o governo húngaro responde que a decisão de minar a reunião em Budapeste é "infantil".