Uma sondagem do jornal New York Times dá vantagem a Donald Trump em três importantes swing states - Estados que tanto votam no partido democrata como no republicano. Não são os que recolhem mais votos no Colégio Eleitoral, mas podem ser importantes em caso de desempate.
A verdade é que esta corrida à Casa Branca é "perigosamente renhida", até porque "há sinais contraditórios que nos chegam por parte do Colégio Eleitoral, porque os Estados decisivos estão praticamente repartidos, todos eles em empate técnico", frisou o comentador SIC Germano Almeida, sublinhando que "Carolina do Norte poderá a surpresa na noite eleitoral".
Democratas com receio das sondagens
Kamala com quatro vezes mais dinheiro que Trump no mês de agosto
"Numa corrida tão disputada, é relevante que Kamala tenha mais dinheiro para gastar em anúncios que, neste momento, não são só anúncios tradicionais na televisão, como também, por exemplo, ativações no Tiktok e em [outras] plataformas", referiu o comentador.
Germano Almeida alertou, também, que esta é uma altura em que "os candidatos tentam mostrar o que não são", dando como exemplo as declarações de Trump "muito tolerantes em relação ao direito ao aborto em determinadas circunstâncias" e no caso de Kamala Harris ao mostrar que "tem uma arma, tentando buscar um eleitorado democrático mais conservador e um eleitorado democrata mais rural".
Demasiado tarde para novo debate?
Kamala desafiou o seu adversário republicano para novo debate, na CNN, em 23 de outubro, poucos dias antes das eleições, mas Trump já recusou participar. Germano Almeida disse que é, de facto, "muito em cima [da data], olhando para a realidade de outras presenciais", mas a verdade "é que se os dois candidatos quisessem, haverá [debate]".
"Eu acho que Kamala não quer verdadeiramente outro debate porque o de 10 de setembro correu tão bem a Kamala, que dificilmente o de 23 de outubro correrá igual ou melhor", disse Germano Almeida.
No entanto, acrescentou, "o que Kamala quer é mostrar que Trump, ao não aceitar, está a dar a parte fraca e ela quer mostrar-se forte, coisa que fez no debate".