Eleições nos EUA

Eleições nos EUA: guerra no Médio Oriente é tema nas campanhas

A um mês das eleições presidenciais dos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump tentam ganhar pontos precisamente sobre o conflito no Medio Oriente.

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Em contagem decrescente para as eleições presidenciais a vice-presidente Kamala Harris marcou na agenda desta sexta-feira um encontro com líderes árabes norte-americanos e muçulmanos em Flint, no estado de Michigan.

“Hoje faltam 32 dias para as eleições"

Numa altura em que tenta ganhar pontos para a campanha, e em que o comício com os árabes norte americanos pode ser uma carta na manga para reconquistar eleitores que não estão nem contentes nem conformados com o apoio dos EUA às guerras de Israel, em Gaza e no Líbano.

Ao mesmo tempo, Trump puxou a corda da campanha no estado da Carolina do Norte ao defender, contrariamente à posição de Joe Biden, que Israel deve sim atacar as instalações nucleares do Irão.

“É o maior risco que temos, as armas nucleares, o poder das armas nucleares, o poder do armamento. Sabe, eu reconstruí todos os jactos militares, tudo o que construí, incluindo os nucleares, e detestei construir um nuclear, mas fiquei a conhecer em primeira mão o poder dessas coisas. E digo-vos uma coisa, temos de estar totalmente preparados. Temos de estar absolutamente preparados. Mas quando lhe fizeram essa pergunta (ao Presidente Biden), a resposta deveria ter sido 'atacar primeiro o nuclear e preocuparmo-nos com o resto mais tarde'”.

Já na guerra que marca os temas do país, Kamala Harris aproveitou para alertar os eleitores de que Donald Trump é responsável pelo maior índice de desemprego nos Estados Unidos.

"Donald Trump faz grandes promessas e não as cumpre. Ele disse que era o único que podia trazer de volta os empregos na indústria transformadora da América. Lembram-se disso? Mas a América perdeu quase 200.000 postos de trabalho na indústria transformadora quando ele era presidente, fazendo de Donald Trump um dos maiores perdedores de postos de trabalho na indústria transformadora na história americana”

Joe Biden não entra em acusações, mas admite estar preocupado com a reação de Donald Trump caso o candidato republicano saia derrotado.

"Estou confiante de que será livre e justo. Não sei se será pacífico. Reparei que o candidato republicano à vice-presidência não disse que aceitava o resultado das eleições. Aceitou o resultado das últimas eleições? Por isso, estou preocupado com o que vão fazer”.

Reações só no dia 5 de novembro, data em que os cidadãos norte-americanos vão às urnas para escolher o próximo presidente, numa corrida que tem sido tensa e muito renhida.