O tom da campanha eleitoral nos Estados Unidos está cada vez mais extremado. Em causa, a ação de domingo do partido republicano em Nova Iorque, que voltou a ficar marcada por comentários racistas e pelo acentuado discurso anti-imigraçao.
No terceiro comício na cidade natal de Nova Iorque, Donald Trump partiu direto para o ataque:
"Os Estados Unidos são atualmente um país ocupado, mas, em breve, deixarão de ser".
Perante um pavilhão lotado, repetiu que vai lançar o maior mecanismo de deportação de sempre e inaugurar o que promete ser a nova era dourada dos Estados Unidos.
"Vou acabar com a inflação, vou travar a invasão dos criminosos no nosso país e vou recuperar o sonho americano. Precisamos de recuperar o sonho americano", afirma Donald Trump.
Além do discurso anti-imigração, o evento ficou marcado por uma intervenção de um comediante pró-republicano:
"Não sei se sabem, mas há literalmente uma ilha flutuante de lixo no meio do oceano. Sim. Acho que se chama Porto Rico".
A piada não terá caído bem entre os 3 milhões de norte-americanos que vivem na ilha. Levou ainda o partido democrata a comparar o comício de Trump a um evento nazi.Tim Walz fala de um comício que, no final dos anos 30, juntou em Nova Iorque 20 mil apoiantes da Alemanha Nazi. 85 anos depois, no mesmo local, a comunidade judaica é substituída por um novo inimigo público: os imigrantes ilegais.
A partir do Estado-chave da Pensilvânia, Kamala Harris usou a campanha do adversário para lançar uma pergunta.
"Que tipo de pais queremos para os nosso filhos e netos? Um país de caos, religião, medo e ódio? Ou um país de liberdade, justiça e compaixão?".
Depois de ser interrompida por um manifestante pró-Palestina, prometeu fazer tudo para libertar os reféns que estão em Gazae colocar um ponto final na guerra.
O manifestante acabou expulso do comício.
Faltam apenas oito dias para as eleições. A campanha democrata parte esta segunda-feira para o Estado-chave do Michigan.