Eleições nos EUA

ANÁLISE

Vitória total de Trump no Congresso, significa “uma governação sem freios”

Trump está prestes a conseguir a maioria na Câmara dos Representantes, ou seja, conseguir o pleno das instituições americanas. para o comentador da SIC, Ricardo Alexandre isto significa que "vai poder implementar a sua agenda política sem qualquer espécie ou possibilidade de grande contestação por parte do partido democrata"

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Depois de conseguir vencer no estado do Arizona, Donald Trump venceu em todos os "swing states" e está, agora, prestes a conquistar uma maioria na Câmara dos Representantes. Para o comentador da SIC, Ricardo Alexandre, esta vitória representa para a futura administração Trump “uma governação sem freios”.

“Donald Trump vai poder implementar a sua agenda política sem qualquer espécie ou possibilidade de grande contestação por parte do partido democrata. Tão importante como a conquista das duas câmaras do congresso, além da presidência, é o facto de o Supremo Tribunal já estar nas mãos dos Republicanos há algum tempo e Donald Trump ainda ter a oportunidade de substituir dois juízes que vão sair por limite de idade e portanto vai reforçar o pendor conservador que o Supremo Tribunal já tem.”

Esse reforço, assim como explica o comentador da SIC, vai ter um “impacto na produção legislativa” nos próximos anos, permitindo "um controlo conservador do setor judicial que valida a produção legislativa das duas câmaras do Congresso”.

Relativamente aos conflitos que estão em curso no mundo, fonte dos serviços secretos do Reino Unido disseram que a Rússia sofreu o pior mês de sempre em termos de baixas na guerra, no entanto, isto também coincide com o mês em que surgem relatos de maiores avanços russos em território ucraniano.

Ricardo Alexandre explica que por um lado a defesa britânica sempre foi quem esteve mais alinhada “com a linha política ucraniana no sentido de divulgar as pesadas baixas do lado russo”, mas por outro “o que vemos no terreno são alguns avanços ao longo do tempo, mais ou menos significativos no leste da Ucrânia por parte das forças russas”.

“Isto, no fundo, conduz-nos à conclusão que não há propriamente no momento uma solução militar para este conflito. E se a decisão não pode ser militar, terá de ser outra. terá de ser uma solução do ponto de vista político e aparentemente é isso que a futura nova administração dos Estados Unidos está a tentar colocar em prática. Já terá havido uma conversa entre Donald Trump e Zelensky e provavelmente vai ser dos primeiros assuntos em que Donald Trump vai querer mexer. Ele disse que resolvia a guerra em 24 horas”.

Em relação à Guerra no Médio Oriente, Israel admitiu, pela primeira vez, ter ordenado o ataque que fez explodir pagers e walkie-talkies no Líbano, em setembro. Na opinião do comentador da SIC, “agora Benjamin Netanyahu já pode queimar, digamos assim, Yoav Gallant que já não está no executivo e deixou libertar essa informação para responsabilizar alguém que já não está no Governo”.