André Ventura reagiu ao chumbo do pedido de suspensão e substituição temporária no parlamento durante o período de campanha para as Presidenciais dizendo estar “incrédulo”. O deputado único do Chega considera a decisão "injusta" e afirma que se trata de um “bloqueio sem justificação”.
“Eu sou o único representante do Chega. Ao não me deixarem estar presente em campanha e ao dizerem que tenho de estar no parlamento, ou ao dizerem que não me posso fazer substituir, é dizer, na prática, que o Chega ficará sem representação parlamentar. Isto é muito injusto: viola o principio da igualdade e viola sobretudo o principio do bom senso”, disse André Ventura à SIC Notícias.
Para Ventura, esta decisão é uma questão de “bom senso”. O deputado único do Chega, que apresentou a candidatura à Presidência da República considera que está a ser prejudicado, reforçando que na lei é referido que “ninguém pode ser prejudicado quando se candidata a Presidente da República”.
“É uma questão que eu diria até de bom senso: a lei é clara dizendo que todos os cidadãos têm direito à dispensa das funções, quer privadas quer públicas, quando se candidatam a Presidente da República, mas também que ninguém pode ser prejudicado quando se candidata a Presidente da República”, sublinhou o líder do Chega.
André Ventura afirma ainda que vai levar esta decisão do parlamento ao Tribunal Constitucional. O parecer que foi esta terça-feira chumbado pelo PS, PSD, BE e PCP pretendia atribuir uma suspensão temporária ao deputado único do Chega durante a campanha eleitoral, sendo Ventura substituído pelo número dois da lista às Legislativas de 2019 pelo distrito de Lisboa, Diogo Pacheco Amorim.
Tribunal Constitucional aponta irregularidades na candidatura de Ventura
A candidatura de André Ventura à Presidência da República foi uma das que apresentou irregularidades, segundo o Tribunal Constitucional. Também Tiago Mayan Gonçalves e Eduardo Baptista terão de “suprirem” as falhas no prazo de dois dias.
André Ventura garante que a única irregularidade apontada foi a falta de preenchimento da profissão do candidato e avança que a situação já foi regularizada.
“Falta a indicação da profissão. A profissão que eu tenho é ser deputado e isso já aliás enviado para o TC e amanhã será entregue em mão. Foi a única irregularidade apontada pelo tribunal”, explica.
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