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ENTREVISTA SIC NOTÍCIAS

Mariana Leitão, candidata presidencial da IL: vitória de Gouveia e Melo seria um "retrocesso" para o país

O nome de Mariana Leitão à Presidência da República foi anunciado por Rui Rocha no passado domingo. A atual líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL) apresenta-se com uma "candidatura de otimismo, esperança, ambição e da liberdade contra o medo", enquanto os outros (pró) candidatos representam a "estagnação do país". Considera ainda que uma eventual vitória do almirante Gouveia e Melo será um "retrocesso" para Portugal.

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Mariana Leitão é a candidata da Iniciativa Liberal (IL) à Presidência da República. O anúncio foi feito por Rui Rocha, este domingo, durante a Convenção Nacional do partido após ter sido reeleito presidente com mais de 73% dos votos.

"Portugal precisa de esperança, Portugal precisa de coragem, Portugal precisa de frescura, Portugal precisa de ambição, Portugal precisa da Mariana Leitão”, disse Rui Rocha.

Em entrevista à SIC Notícias, a atual líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL) defendeu uma "candidatura de otimismo, esperança, ambição e da liberdade contra o medo" ao representar "o espaço liberal".

"Aquilo que nós precisamos é um país que cresça, um país que permita às pessoas ter oportunidades de vida, que permita às pessoas ambicionarem serem aquilo que quiserem e não estarem a ser condicionadas nos seus sonhos pelo país onde vivem e que não lhes dá essas oportunidades (...) nomeadamente a liberdade económica em que é preciso o país ser diferente, ser menos burocrática, um Estado mais eficiente e menos castrador de sonhos", referiu.

Corrida a Belém: há candidatos que representam a "estagnação do país"

Explica que a sua candidatura partiu da necessidade de existir alguém que representasse "o espaço da liberdade". Defende, por isso, que os outros candidatos e pró-candidatos apresentados representam a estagnação do país.

Mariana Leitão considera que se o almirante Henrique Gouveia e Melo, que lidera as intenções de voto for eleito Presidente da República, será um retrocesso para Portugal: "Não gostaria nada de voltar a ver aquilo que eu considero ser um retrocesso."

A líder parlamentar da IL olha para a sua candidatura como uma "alternativa credível, ambiciosa, otimista" e de quem quer um "país diferente", afastando qualquer possibilidade desta servir apenas para "dividir votos".

"Nós não podemos olhar para o cargo de Presidente da República como quase uma pré-reforma de políticos ou comentadores. Alguém que não tem tanta experiência, mas tem uma visão diferente do mundo, uma ambição diferente e um inconformismo que lhe faz ter uma vontade diferente e mais energética, penso que possa ser algo muito importante para o país", frisou Mariana Leitão, questionada sobre a importância da experiência política para o cargo de Chefe de Estado.

IL afasta aproximação aos ideais do Chega

A questão da imigração tem sido um dos temas mais falados nos últimos meses na sequência da operação policial ocorrida a 19 de dezembro na Rua do Benformoso, no Martim Moniz. Mariana Leitão rejeita uma possível aproximação por parte da Iniciativa Liberal (IL) aos ideais "populistas e radicais" do Chega.

"Nós não queremos uma imigração desregulada ou o retrocesso da manifestação de interesses", frisou.

Defende antes uma política de imigração regulada que permita a pessoas de outros países virem para Portugal procurar uma vida melhor.