O secretário-geral do PS prometeu esta segunda-feira que o seu partido fará o que estiver "ao seu alcance" para que haja apenas um candidato presidencial da área socialista e afirmou pretender apoiar quem tenha "possibilidades de vencer" essas eleições.
"É desejável que haja apenas um candidato da área socialista e nós faremos aquilo que estiver ao nosso alcance para que haja apenas um candidato", afirmou Pedro Nuno Santos, a propósito das eleições presidenciais, em declarações aos jornalistas na sede nacional do PS, em Lisboa, após uma reunião com a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.
O secretário-geral do PS reiterou que o seu partido mantém o objetivo de apoiar um candidato nas presidenciais, mas frisou que não manda "na vontade de individual de as pessoas se candidatarem".
"Portanto, aquilo que depende de nós é a decisão de apoiar um candidato, já não depende de nós garantir que só haja um candidato", ressalvou.
"PS não ficará desunido"
Questionado se não teme que o PS fique desunido em relação a esse eventual apoio, Pedro Nuno Santos garantiu: "O PS não ficará desunido".
"As presidenciais são candidaturas que dependem da vontade individual. O PS não fará aquilo que fez, por exemplo, a IL este fim de semana, em que a IL anuncia o seu candidato. O PS não vai anunciar o seu candidato, anunciará o apoio a um candidato", referiu.
Interrogado sobre que preferência é que tem entre o ex-secretário-geral do PS, António José Seguro, ou o ex-comissário europeu António Vitorino, Pedro Nuno Santos disse não tem "nenhuma preferência".
"A não ser a vontade de que o candidato da área do PS, que partilha o mesmo ideário do PS, tenha possibilidades de vencer as presidenciais, que é o nosso objetivo", referiu.
O secretário-geral do PS disse que, quando olha para a direita, não vê "candidatos com a dimensão, a força, a capacidade, nomeadamente de representar todo o povo, que têm os candidatos da área do PS".
"E, por isso, nós temos consciência da importância de ter um candidato com possibilidades de vencer as presidenciais", afirmou.
Montenegro é que está “em desvantagem”
Interrogado, contudo, se não teme que o PS parta em desvantagem por ainda não ter declarado o apoio a um candidato, quando Luís Marques Mendes se prepara para anunciar a sua candidatura esta quinta-feira, Pedro Nuno Santos respondeu que, até ao momento, o único dado que se tem são as sondagens, nas quais "os candidatos do PS, sejam eles quais forem, não têm nenhuma desvantagem face aos candidatos do PSD".
"Isso é que é de facto extraordinário, porque o PS não apoia nenhum candidato ainda e, na realidade, qualquer dos nomes da área do PS aparece melhor colocado do que o candidato inquestionável da área do PSD que, aliás, tem um programa semanal há vários anos. Portanto, julgo que em desvantagem está mesmo o candidato apoiado pelo PSD", disse.
Com LUSA