Presidenciais

Presidente Gouveia e Melo seria um "perigo para a democracia", alerta Marques Mendes

Candidato presidencial considera que uma eventual eleição do ex-chefe da Armada e agora rival na corrida a Belém “pode ser um risco enorme”.

Presidente Gouveia e Melo seria um "perigo para a democracia", alerta Marques Mendes
TIAGO PETINGA

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considera que uma eventual eleição do ex-chefe da Armada, e agora rival na corrida a Belém, almirante Henrique Gouveia e Melo "pode ser um risco enorme" e "um perigo para a democracia".

"À primeira vista, é sedutor dizer que se quer um Presidente da República que vem de fora da política", começou por conceder o antigo presidente do PSD, "mas eu chamo a atenção que, a seguir, pode ser um risco enorme e pode ser um perigo para a democracia", afirmou Marques Mendes, em entrevista ao podcast da Antena 1 "Política com Assinatura", emitido hoje.

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Questionado em seguida sobre se a candidatura de Gouveia Melo representa um risco de radicalização do cargo de Presidente da República, Marques Mendes escusou-se a responder diretamente, argumentando que "é difícil uma pessoa responder a isso".

"Porque a gente quase não conhece a posição de Gouveia Melo sobre assunto nenhum. E nos poucos temas que conhece, ele já teve pelo menos duas opiniões da mesma matéria", justificou.

"Portanto, eu até diria, já que ele agora vai ser finalmente - já não era sem tempo - candidato, acho que pode e deve começar a dar explicações sobre os assuntos", nomeadamente a recente "derrota" em tribunal relacionada com o caso do navio da Armada portuguesa Mondego, em 2023.

"Até dou uma sugestão: pode já começar a dar explicações, por exemplo, sobre a derrota que teve em tribunal por causa dos marinheiros do navio Mondego, porque o tribunal disse que Gouveia Melo, como Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), não agiu bem", afirmou Marques Mendes.

HUGO DELGADO / LUSA

Risco de “suicídio político” do PS

Questionado sobre os efeitos dos resultados eleitorais de domingo, Luís Marques Mendes defende diversos entendimentos parlamentares entre os três principais partidos: PSD, PS e Chega. Desde logo para a escolha do próximo presidente da Assembleia da República e posteriormente para a aprovação do programa do Governo.

O candidato presidencial defende que "se o Partido Socialista inviabilizar a passagem do Governo, comete mais um suicídio político".

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Marques Mendes sugere ainda um acordo entre AD, PS e Chega para evitar uma nova crise política e considera que a nova conjuntura política vai obrigar a um “diálogo institucional” com o partido de André Ventura.

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