NO PIOR...
Vitinha (4)
É evidente que os adversários não o perdem de vista por nada deste Mundo e isso em certos desafios representa uma adversidade de que nem todos se podem "orgulhar". O médio com pés de veludo na seleção nacional também parece ter sofrido com o relvado de Dortmund e não mostrou os índices de criatividade que tanto influenciaram os planos da Turquia.
Acabou por ser substituído aos 87' por João Neves e ficou a sensação que o selecionador podia e devia (face à marcha do marcador) ter trocado o parisiense mais cedo.
Rafael Leão (5)
O lance que inaugura o marcador começa em Leão (passe para Nuno Mendes) e estranhamente o craque do Milan não aproveitou a embalagem para deixar a sua marca. Ainda por cima Çelik foi titular em detrimento de Muldur porque muito provavelmente Montella temia bastante as "pinturas" ofensivas de Rafael.
Viu mais um cartão amarelo (aos 38') por simulação e assim já se sabe que ficará a descansar ante a Geórgia. Acima do descanso físico, o extremo precisa de fazer um reset mental e dedicar-se somente às jogadas em que pode "partir" tudo.
Bruno Fernandes (6)
O primeiro a reconhecer que na primeira parte foi uma caricatura do jogador com enorme critério e ampla leitura, além da notável capacidade de remate. Bruno acabou por festejar um golo fácil (aos 56', após passe do altruísta Cristiano), como que confirmando o que a dupla aos 35' já ensaiara.
Sem ter sido desastroso (um atleta que faz um golo num 3-0 nasce imune a essa avaliação...), o capitão do United terá estranhado a marcação do senhor Çalhanoglu e terá percebido que o jogo estava no bolso e não valia a pena tirar de lá as mãos.
E NO PÓDIO
João Cancelo (8)
No seu verdadeiro lugar, foi o... verdadeiro Cancelo. Logo aos 7', a intervenção do defesa direito foi determinante para evitar o golo de Akturkoglu no segundo poste e foi uma iniciativa do "citizen" que permitiu à seleção sacar mais um autogolo a mais um camisola 4 (depois do checo Hranác, agora Akaydin).
Sempre que deixou o corredor central (nesses momentos Bernardo encostava na linha), exibiu uma velocidade que causou estragos no flanco esquerdo da Turquia, o setor mais perigoso do adversário graças a Ferdi e ao referido Akturkoglu.
Pepe (8)
A oito minutos dos 90, Roberto Martínez não resistiu à chamada substituição olímpica. As bancadas "curvaram-se" perante a exibição do quarentão e nem os turcos resistiram a um enorme aplauso, quiçá alguns deles recuperando a época do central ao serviço do Besiktas.
Baris, aos 15', bem que tentou (com um toque duro nas pernas do subcapitão) intimidar Pepe e este respondeu a partir daí com um posicionamento exemplar e sucessivos cortes na hora H. Até se viu não raras vezes a galgar metros e a mostrar a sua autoridade na zona próxima de Palhinha.
Nuno Mendes (7)
No 4x3x3 escolhido por Roberto Martínez, o lateral, a exemplo de Cancelo, agradeceu a devolução ao posto predileto. Aos 21' assinou a jogada que culminou com a assistência para o golo de Bernardo mas a atuação de Nuno Mendes esteve longe de se resumir a essa preciosidade.
Sempre extraordinariamente atento nos lances de futebol aéreo na grande-área portuguesa, exibiu uma confiança crescente e comportou-se como uma sólida âncora para o desenfreado Rafael Leão. A continuar assim, será um dos indiscutíveis nos... oitavos-de-final.
