A Seleção Nacional está entre as oito melhores da Europa e disputa contra a França um lugar nas 'meias' do Euro 2024. O nível exibicional é que não tem agradado a muitos. Roberto Martínez diz que "gosta de avaliar os torneios no fim", mas deixa elogios à equipa.
Questionado sobre as substituições que fez no último jogo, nomeadamente as de colocar jogadores fora da posição habitual (Francisco Conceição) e de não tirar Ronaldo, Bruno Fernandes e Bernardo Silva, o selecionador não respondeu diretamente, mas disse que tem “dados para tomar decisões”.
“Acho que críticas fazem parte do meu trabalho. Tenho critérios, o que a equipa técnica prepara para o jogo, muitos dados para tomar decisões, mas faz parte. As críticas mostram a paixão que há pela Seleção e aceito isso. (…) Não concordo que a Seleção não arrisca, acho que somos a que mais arrisca, com chegadas ao ultimo terço, remates, cruzamentos. Outra coisa é marcar golos. (…) Vejo os treinos e posso tomar decisões. Tivemos um apuramento com 10 vitórias e fui criticado".
Roberto Martínez admite que “há coisas bem feitas” e “outras que precisamos de melhorar”, sem enumerá-las.
E quem bate os livres?
Outro tópico que gerou questionamentos foi a marcação dos livres. Contra a Eslovénia, que Portugal derrotou nos penáltis graças a uma exibição milagrosa de Diogo Costa, Ronaldo marcou todos.
Mas o selecionador diz que Portugal tem dois “especialistas” no assunto: "Os jogadores praticam isso no treino. O Cristiano e o Bruno têm a responsabilidade. Temos a sorte de ter dois jogadores de nível alto nos livres.
“Todos pensam que são treinadores”
Bernardo Silva adotou o mesmo tom otimista do treinador espanhol, considerando que "Portugal tem feito um trabalho espetacular" e "está num ótimo lugar para continuar a lutar pelo Campeonato da Europa".
"Em junho, toda a gente sabe um bocadinho de futebol. Todas as pessoas pensam que são treinadores de bancada", considera o médio do Manchester City.
Para Bernardo Silva, que garante estar disponível ao máximo para “jogar 90 minutos, 10, cinco ou nenhum”, “não há um favorito” no duelo dos quartos de final, o primeiro desafio da Seleção Nacional contra um peso pesado na ‘era Roberto Martínez’.
“Não sei como a França vai jogar. Olhando para as características dos jogadores franceses, calculo que não vão defender com 11 atrás da bola nos 90 minutos. Acredito que possa haver mais espaço para as duas equipas. (…) São duas seleções com jogadores fantásticos, organizadas, que querem ganhar o Europeu”.
Portugal e França disputam esta sexta-feira, às 20h00, um lugar nas 'meias' do Euro 2024. O vencedor vai enfrentar Alemanha ou Espanha na próxima fase.