Europeias 2024

Análise

Europeias: quem está melhor e pior preparado nesta campanha eleitoral?

A quatro dias das eleições Europeias, já se percebe quem está melhor preparado nesta campanha eleitoral, que tem sido marcada por questões de política nacional. Luís António Santos, professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, analisou o que tem acontecido nas últimas semanas.

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A campanha para as Europeias tem sido marcada, nestes últimos dias, por questões de política nacional. Pedro Nuno Santos já acusou a oposição de falta de diálogo e Luís Montenegro acabou por responder a essas mesmas acusações.

"Num ponto Luís Montenegro tem razão. Há momentos das campanhas para as eleições Europeias em que a situação nacional se confunde com as propostas de cada partido para as questões europeias e de alguma forma as questões políticas internas entram em ação", começou por explicar o professor Luís António Santos.

Campanhas contaminadas e Marcelo Rebelo de Sousa

Para o professor da Universidade do Minho, nestes últimos dias o Governo está "muito enérgico" a apresentar várias propostas e a mostrar muito serviço.

"E é óbvio que estas coisas contaminam a campanha eleitoral", sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou (rapidamente) o diploma do Governo que extingue o designado procedimento de manifestação de interesse, tendo justificado a rapidez com a situação “urgentíssima” de milhares de processos de imigrantes pendentes na AIMA.

"O Presidente da República, quando recebe documentação do Governo, não tem sido a sua prática pronunciar-se em menos de 24 horas, mas desta vez, neste momento particular de eleições, resolveu fazer isso, tornando-se um agente da campanha eleitoral. E isso parece-me que é o menos recomendável para o nosso sistema.

E quem leva mais vantagem nesta campanha?

"Eu diria que os dois políticos à esquerda e à direita que mostram melhor preparação para isto que acontece durante as campanhas eleitorais são Cotrim de Figueiredo e Catarina Martins".

Por outro lado, Sebastião Bugalho e Marta Temido "ainda não encontraram o seu terreno mais confortável", destacou Luís António Santos.

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