Europeias 2024

“A voz do povo continuará a fazer-se ouvir no Parlamento Europeu", garante João Oliveira

Para João Oliveira, os portugueses que votaram na CDU fizeram a "opção corajosa" e rejeitaram "visões e conceções do pensamento único".

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O cabeça de lista da CDU saudou, esta noite, quem "conseguiu ver para lá da cortina de fumo" e contrariou "o pensamento único" votando na coligação.

Numa declaração num hotel lisboeta onde decorreu a noite eleitoral da CDU, João Oliveira agradeceu a quem fez a "opção corajosa" de votar na coligação, "contrariando o obscurantismo, o conformismo com que se procurava condicionar e aprisionar as consciências".

"Não se deixaram condicionar pelo medo, pelos dogmas, sejam eles os do neoliberalismo ou do militarismo, ou pela lógica da política de confrontação como única saída para as relações entre os povos", disse.

Para João Oliveira, com o voto na CDU, os portugueses rejeitaram "visões e conceções do pensamento único" e não se deixaram condicionar pelas "opções de voto na já conhecida bipolarização artificial".

"O voto na CDU nestas eleições para o Parlamento Europeu é de facto um voto de quem conseguiu ver para lá da cortina de fumo, de quem conseguiu ir para lá das manipulações, da promoção do preconceito, da mentira utilizada", disse.

Numa alusão a um artigo do jornal 'online' Politico, publicado na última quinta-feira e que indicava que os dois eurodeputados do PCP não tinham votado a favor de nenhuma resolução de condenação da Rússia - caracterizando-os como "melhores amigos" de Moscovo -, João Oliveira considerou que a coligação foi alvo de "campanhas abjetas de mentira, de falsificação, de deturpação e ofensa às suas posições", incluindo utilizando "meios internacionais".

"Tivessem os deputados da CDU votado a favor das sanções, do envio de armas, da continuação da guerra e não havia 'rankings' em que os deputados da CDU aparecessem", disse, lamentando que não se façam "rankings do trabalho feito para defender o povo e o país".

"A luta dos trabalhadores e do povo, depois desta intensa campanha eleitoral e de abrir consciências por todo o país, já parte de um ponto mais avançado do que aquilo que partíamos antes da campanha eleitoral", referiu, acresentando que "a luta pelo país vai continuar".

Interrogado se assume o resultado como uma derrota pessoal, João Oliveira respondeu: "Se tivéssemos tido um grande reforço, isso também não havia de ser obra minha, portanto acho que o critério é exatamente o mesmo".

Com Lusa