A noite eleitoral foi amarga para o Chega. O objetivo era vencer as eleições, mas ficaram em terceiro lugar e com menos 800 mil votos do que nas legislativas. André Ventura recusa leituras nacionais e deixa a garantia de que o Chega não vai apoiar uma eventual candidatura de António Costa para o Conselho Europeu.
No último dia de campanha, André Ventura já tinha dado a entender que o resultado poderia não ser o desejado. Uma campanha atípica, disse o líder do partido, enquanto assumia a responsabilidade total para o que aí vinha.
E a noite eleitoral mostrou que estava certo: o resultado com Tânger Correia à frente da lista às europeias não foi o desejado.
O Chega acaba por ficar em terceiro lugar com dois deputados eleitos, metade do mínimo ambicionado.
André Ventura não venceu e assume a culpa. Agarra-se a um lugar que esteve quase para fugir e prepara já o terreno para o que aí vem.
"Ouvimos hoje o sr. primeiro-ministro Luís Montenegro dizer que apoiará a candidatura de António Costa ao Conselho Europeu. Aqui se vê quem em Portugal continua a não esquecer o socialismo, a dar a mão ao socialismo e a permitir noites como a de hoje sejam de vitória do Partido Socialista. É Luís Montenegro e não o Chega que mais tem sido as moletas do PS em Portugal. O líder do Chega nunca permitirá que se apoie António Costa para qualquer cargo no mundo."
Com 9,8% e menos 800 mil votos em comparação com as legislativas deixam a pergunta no ar para os próximos dias: em domingo de eleições europeias, onde andaram os eleitores do Chega?