Os protestos repetem-se por todo o país. Em Paris, a polícia foi obrigada a intervir com gás lacrimogéneo, depois do arremesso de tochas e montras partidas.
Milhares saíram às ruas, a maior parte jovens, para se manifestarem contra o crescimento da extrema-direita nas eleições europeias. sobretudo na delegação que a França enviará ao Parlamento Europeu.
"Estou aqui porque, tal como uma parte dos jovens, estou muito preocupado com o que se passa no país, com o que se passa na Europa, e os resultados indicam que as questões que interessam a esta parte da população jovem não estarão representadas no Parlamento Europeu", conta um dos participantes na manifestação.
As manifestações acontecem desde a noite de domingo quando foram revelados os resultados das europeias. O partido de Marine Le Pen conseguiu mais de 30% dos votos, enquanto que o partido de Emannuel Macron teve pouco mais de 14%. O Presidente francês não perdeu tempo e face aos resultados convocou eleições antecipadas. No entanto, os manifestantes temem os resultados de uma nova ida às urnas.
"O choque dos 31%, 40% da extrema-direita é enorme, mas penso que dissolver a Assembleia Nacional é realmente uma escolha muito difícil e, acima de tudo, é um risco enorme para toda a democracia em França, na Europa e no Mundo", diz preocupada uma participante.
A primeira volta das eleições em França está marcada para o dia 30 de junho e a segunda para 7 de julho. Segundo as sondagens o partido de extrema direita é o favorito à vitória, ainda assim sem maioria absoluta.