Poucos dias depois das eleições europeias, João Cotrim Figueiredo recusa admitir que o mérito dos resultados obtidos pela Iniciativa Liberal (IL) é todo seu. Considera antes que se deveu às propostas apresentadas e da própria Iniciativa Liberal (IL), revelou em entrevista à SIC Notícias.
"O liberalismo tem apelo eleitoral, tem é que ser devidamente veiculado e da forma como conseguimos fazer nesta campanha", acrescentou Cotrim Figueiredo.
A Iniciativa Liberal (IL) que teve 9,1% dos votos e conseguiu eleger dois deputados conseguiu, na opinião de Cotrim Figueiredo, ir "buscar os descontentes".
"Os meus concorrentes nas eleições europeias não tinham, salvo raríssimas exceções, uma visão para a Europa tão coerente como a nossa. Acho que isso se fez notar na campanha. Tive o mérito que me competiu, de dar a cara por uma equipa muito boa."
"Fiz uma campanha positiva, baseada em dar esperança às pessoas de que é possível resolver os problemas sem os ignorar. Essa conclusão se alguém me quiser dar mérito, eu aceito".
Voltar a liderar a Iniciativa Liberal? "Nunca" é uma palavra forte para uma possibilidade "pouco provável"
João Cotrim Figueiredo diz que não diz "nunca" sobre a possibilidade de voltar a liderar a Iniciativa Liberal (IL), daqui a cinco anos, até porque também nunca esteve nos seus planos ser eurodeputado, cargo que acabou por aceitar influenciado por Rui Rocha.
No entanto, acredita que será "muito pouco provável" devido à sua idade.
António Costa, Charles Michel ou Pedro Sánchez no Conselho Europeu? Nenhum dos três
Não é novidade, no mundo da política, que a Iniciativa Liberal (IL) se tem oposto à candidatura do antigo primeiro-ministro, António Costa, para a presidência do Conselho Europeu. Para João Cotrim Figueiredo, um presidente do Conselho Europeu tem que ser "essencialmente reformista", uma característica da qual o antigo primeiro-ministro carece.
"Quem não foi capaz de reformar Portugal, não será capaz de reformar a Europa", defendeu.
Questionado se António Costa seria uma pior escolha que o atual presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o eurodeputado salientou apenas que "não é um enorme fã" do político belga.
Quanto ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, como candidato para o mesmo cargo não hesitou em que responder que não considera que seja uma boa escolha.