Facto Político

Demolições em Loures: Rita Matias diz que foi PS foi "imoral e indecente"

Em entrevista esta semana no programa Facto Político, Rita Matias abordou a troca de palavras no Parlamento entre José Luís Carneiro e André Ventura e os despejos de moradores do bairro do Talude.

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Rita Matias considera que "fanfarrão" não foi "dos comentários mais ofensivos que já se ouviu" no Parlamento. Em entrevista ao Facto Político, a deputada do Chega eleita por Setúbal e candidata à Câmara de Sintra considera que a polémica em torno da reprimenda do presidente da Assembleia da República a José Luís Carneiro pela palavra dirigida a André Ventura é uma não-questão, "ampliada" pelo PS.

"José Pedro Guiar Branco fez uma advertência, como tem feito aliás a todos os deputados - eu já fui advertida várias vezes também - e portanto apenas pediu que se tentasse fazer críticas à atitude política, ao discurso político, e não à pessoa."

A propósito das demolições de bairros de barracas em Loures e Amadora, Rita Matias garante que o Chega está atento à crise na habitação.

"Vamos preocupar-nos com alternativas, não necessariamente só para essas pessoas, para uma classe média que também está sufocada, para jovens casais que querem dar o seu primeiro passo e parece-me que podemos investir em habitação pública e social."

A candidata à Câmara de Sintra diz que em questão de despejos tem de ser avaliada "caso a caso", mas condena a decisão do autarca socialista.

"Há uma coisa que não faremos como o Ricardo Leão fez: não vamos permitir que crianças fiquem a viver a céu aberto e neste aspeto deixe-me dizer que o Partido Socialista foi profundamente imoral e indecente na forma como conduziu este processo. Em primeiro lugar porque são os principais responsáveis da política de entrada sem controle e por isto muitas pessoas entraram sem dar provas, por exemplo, de capacidade de subsistência (...) Em segundo lugar, Ricardo Leão tinha que ter avisado previamente estas pessoas que ia fazer e sinalizado a CPCJ para que as crianças fossem encaminhadas para as instituições."

Questionada a propósito do Rendimento Social de Inserção (RSI), mecanismo de apoio social fortemente contestado pelo Chega, Rita Matias admite não saber qual o valor médio que cada beneficiário recebe por mês.

"O Chega não critica a atribuição do rendimento social de inserção per si, critica a pessoas que têm capacidade de trabalhar e não o fazem", justifica.

Todas as semanas, um Facto Político é analisado por um protagonista da atualidade. Entrevistas diretas ao centro das questões que dominam a vida política nacional. Ao sábado, na SIC Notícias, com o jornalista Diogo Teixeira Pereira.