A escalada de violência, passados cinco dias desde o início da crise, fizeram 135 mortos e mais de 950 feridos, segundo o porta-voz dos serviços médicos de emergência de Gaza, Ashraf al-Qudra.
Nas últimas horas, oito pessoas morreram vítimas dos ataques israelitas na cidade de Gaza, na zona central de El-Bureij e Jabaliya, na parte norte. Antes, seis homens morreram no distrito de Sheikh Radwan, na zona ocidental da cidade, de acordo com a mesma fonte.
Vizinhos das vítimas disseram à France Press que no ataque morreram dois sobrinhos do antigo primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniya. Hoje de manhã, duas mulheres que se encontravam internadas numa instituição de caridade, por sofrerem de incapacidade física, não resistiram aos ataques israelitas. Quatro pessoas que se encontravam no mesmo local ficaram gravemente feridas.
O porta-voz dos serviços médicos de emergência de Gaza disse também que durante os mesmos ataques froam atingidas duas mesquitas, uma dependência bancária e várias casas de membros do Hamas.
De acordo com Israel, pelo menos uma das mesquitas atingidas estava a ser usada como depósito de armamento.A operação militar israelita foi lançada na quinta-feira na sequência dos ataques de grupos palestinianos na fronteira.
Segundo o Exército de Telavive foram disparados 525 tiros de morteiro e foguetes contra Israel, enquanto 138 foguetes foram intercetados pelo sistema defensivo antimíssil israelita (Iron Dome).
Decorre nesta altura a crise mais sangrenta na região desde novembro de 2012, registando-se um número cada vez mais elevado de foguetes lançados contra Jerusalém e Telavive mas também contra zonas mais a norte como Hadera, situada a 116 quilómetros de Gaza.
Até ao momento não se registam mortos do lado de Irsael. Um soldado israelita ficou gravemente ferido, vítima de um tiro de morteiro na quinta-feira e um civil sofreu ferimentos depois de um lança-foguetes ter atingido uma estação de abastecimento de gasolina na cidade portuária de Ashdod.
Outros dois soldados ficaram feridos na zona próxima da fronteira com Gaza. Israel acionou a mobilização de quatro mil reservistas e ameaça com uma operação militar terrestre em Gaza.
Lusa