Gaza

"Existem numerosos mortos, incluindo mulheres e crianças"

O secretário-geral da ONU,  Ban Ki-moon, denunciou hoje em comunicado a morte de funcionários das Nações  Unidas no ataque israelita contra uma escola da organização em Gaza, antes  de expressar a sua "firme condenação".  

Reuters
© Suhaib Salem / Reuters

"Existem numerosos mortos, incluindo mulheres e crianças, e também funcionários  da ONU", declarou Ban em Ebril, norte do Iraque, segundo um comunicado da  ONU publicado em Nova Iorque. Ban declarou-se "consternado" por este ataque, "cujas circunstâncias  ainda não estão esclarecidas".  

O chefe das Nações Unidas emitiu um novo apelo "a todas as partes para  respeitarem as suas obrigações nos termos das leis humanitárias internacionais,  a respeitar a vida dos civis, a inviolabilidade dos edifícios da ONU e as  suas obrigações face aos trabalhadores humanitários".  

O ataque à escola "sublinha a urgência de fazer cessar as matanças e  de lhe pôr termo de imediato", acrescentou Ban Ki-moon, que conduz uma mediação  para um cessar-fogo em Gaza.  

O porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, sublinhou que a organização  está a tentar determinar o número exato de vítimas. "Não sabemos quem atacou  o local", sublinhou.  

Pelo menos 15 palestinianos que se refugiaram numa escola da Agência  da ONU de ajuda aos refugiados (UNRWA) em Beit Hanun, norte da Faixa de  Gaza, foram hoje mortos por um disparo israelita, uma nova tragédia que  complica os difíceis esforços diplomáticos para garantir uma trégua.  

O exército israelita prometeu uma "investigação", e disse "não excluir"  tratar-se de um 'rocket' disparado por combatentes do movimento islamita  Hamas.  

A porta-voz do Departamento dos Estado norte-americano, Jen Psaki, também  referiu no Cairo, onde se encontra o chefe da diplomacia John Kerry, que  os Estados Unidos estão "profundamente entristecidos e inquietos a propósito  deste incidente" e voltou a apelar a "todas as partes que redobrem os esforços  para proteger os civis".  

     

Lusa