O número 1 das Brigadas Ezzedine al-Qassam, Mohammed Deif, garantiu, numa das suas raríssimas declarações, que o Hamas "não aceita qualquer cessar-fogo sem o fim da agressão e o levantamento do cerco".
Lida na rádio e televisão do Hamas, com a foto do símbolo da organização armada em fundo, esta declaração reitera a posição dos dirigentes do movimento islamita desde o início da guerra com Israel em 08 de julho.
A declaração de Deif foi lida antes de uma importante deslocação ao Cairo, anunciada pela Organização de Libertação da Palestina (OLP), de uma delegação conjunta dos principais movimentos políticos palestinianos, entre os quais o Hamas.
Os dirigentes palestinianos devem reunir-se com dirigentes egípcios, habituais intermediários nas negociações israelo-palestinianas. O secretário-geral da OLP, Yasser Abed Rabbo, tinha assegurado, ao início da tarde de terça-feira, que o Hamas e os seus aliados da Jihad Islâmica estavam "prontos para uma trégua humanitária de 24 horas". Mas o Hamas continua a reivindicar o fim da ofensiva israelita em curso e do bloqueio à Faixa de Gaza, iniciado por Israel em 2006.
As autoridades israelitas, cujas forças armadas têm continuado sem cessar os seus ataques no enclave palestiniano, não se exprimiram sobre uma eventual trégua. Uma reunião do seu gabinete de segurança, que junta os principais ministros, está marcada para as 14:00 locais (12:00 de Lisboa), segundo a imprensa israelita.
Lusa
