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O ataque não causou feridos nem estragos, mas ilustra as tensões provocadas pelo que os palestinianos denunciam como iniciativas de judaização de Jerusalém-Leste.
O chefe da polícia israelita, o comissário Yohanan Danino, anunciou a próxima criação de uma nova força encarregada das desordens em Jerusalém.
O último incidente em Jerusalém-Leste visou um dos edifícios nos quais os colonos judeus tinham tomado 10 habitações na noite precedente.
Em 30 de setembro, no mesmo quarteirão, os colonos já se tinham apoderado de 25 apartamentos, alguns dos quais pela força.
A comunidade internacional não reconhece a anexação de Jerusalém-Leste por Israel, onde os palestinianos querem estabelecer a capital do seu Estado. Por seu lado, Israel considera Jerusalém como a sua capital "unificada e indivisível".
O assunto é tão mais delicado quanto Silwan, quarteirão popular com uma população esmagadoramente palestiniana, está nas proximidades da Cidade Velha e da Esplanada das Mesquitas, locais sagrados simultaneamente para judeus e muçulmanos.
A Esplanada e vários quarteirões de Jerusalém-Leste são, desde há meses, palco de tensões crescentes.
"Para responder aos tumultos, estamos a trabalhar num programa global, que inclui tecnologias novas, recolha de informações e a criação de uma unidade de polícia", afirmou Danino a agentes da polícia.
"Os habitantes de Jerusalém têm direito a um nível elevado de segurança pessoal (...) e este assunto é a prioridade da polícia israelita", acrescentou, em mensagem distribuída na conta da polícia na rede social Twitter.
"Não podemos ignorar os incidentes de desordem pública, os lançamentos de pedras, os ataques com fogo-de-artifício, o lançamento de cocktails Molotov, que caraterizam os motins no Monte do Templo e em outros setores da cidade e nos seus arredores", acrescentou, utilizando o nome dado pelos judeus à Esplanada das Mesquitas.
LUSA
