Queda do BES

Jerónimo de Sousa exige que o Banco e Portugal faça um "apuramento rigoroso" da situação do BES

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa,  exigiu hoje que o Banco e Portugal (BdP) faça um "apuramento rigoroso" da  situação do Banco Espírito Santo (BES), para que a "tranquilidade proclamada  tenha substância". 

Lusa
ANTÓNIO JOSÉ

"Tendo em conta a situação, há a necessidade profunda por parte de quem  tem responsabilidades, designadamente o Banco de Portugal, (de se pronunciar)  sobre o que é que aconteceu de tão grave, quando se dizia que estava tudo  tão bem", referiu. 

Jerónimo de Sousa falava na freguesia de Boidobra, Covilhã, à margem  da Festa de Verão da CDU, na qual participou. Questionado pelos jornalistas sobre se temia que a situação do BPN se  repetisse neste caso, o secretário-geral do PCP explicou que não pretende  "fazer apreciações precipitadas" ou "alarmismos", mas classificou a situação  de "preocupante". 

Jerónimo de Sousa reiterou que o "povo português tem o direito de saber  qual é a verdadeira situação do BES" e recordou ainda que foi "nesse sentido"  que o PCP apresentou na Assembleia da República um requerimento no qual  pedem "esclarecimentos cabais à entidade supervisora, que é o BdP". 

Sublinhou igualmente que não devem ser os portugueses, "que já pagaram  uma cota elevadíssima dos desmandos da banca, do BPN e do BPP, a terem de  resolver problemas" para os quais não contribuíram. 

Sobre as declarações de hngela Merkel em relação ao assunto, Jerónimo  de Sousa referiu que a sua maior preocupação é que a chanceler alemã esteja  "mais preocupada com os mega bancos alemães do que propriamente com as instituições  bancárias nacionais" e reiterou que os "reparos valem pouco por parte de  que representa um país que foi, praticamente, o único que ganhou com o euro".

 

     

 

Lusa