Queda do BES

Há 110 famílias que ainda não receberam o dinheiro investido no antigo BES

São credores do falido BES considerados credores prioritários por lei em caso de insolvência. Até hoje não conseguiram reaver nem uma parte dos 19 milhões de euros que investiram.

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Há 110 famílias que ainda não receberam um cêntimo do dinheiro que tinham em obrigações do antigo Banco Espirito Santo. Credores do falido BES considerados prioritários por lei nunca chegaram a reaver nem uma parte dos 19 milhões de euros que investiram.

É preciso recuar a agosto de 2014 e à resolução que dividiu o BES em dois para se perceber os contornos deste caso.

Dos 2 mil milhões de euros, 99% pertenciam a fundos de investimento, mas pelo meio havia poupanças de muitos particulares.

Até hoje não conseguiram reaver um cêntimo, apesar de serem considerados por lei credores prioritários em caso de insolvência.

Já puseram uma ação em tribunal, mas os processos nem sequer foram julgado em primeira instância. Também nunca tiveram resposta do fundo de resolução nem do banco de Portugal.

Há uma avaliação independente feita a pedido do próprio Banco de Portugal que é clara. Sem a resolução, estes credores teriam recuperado cerca de um terço do dinheiro e, como a lei estabelece que não podem ser prejudicados, deviam ser ressarcidos quando estiver totalmente concluída a liquidação do BES.

Resta saber quando estará e se nessa altura ainda haverá dinheiro para lhes pagar.