O líder do PSD recusou-se esta terça-feira a fazer “apreciações” sobre um Governo que ainda não entrou em funções, mas admitiu que Pedro Adão e Silva foi uma “escolha polémica” para a pasta da Cultura.
“Sabemos que se impôs na vida pública fundamentalmente através de comentários permanentemente a defender o Governo, como se de um comentador independente se tratasse, e todos nós percebíamos que era um comentador ligado ao PS, o que agora ficou claro”, considerou.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Rui Rio disse ainda que “há um traço dominante do aparelho partidário naquilo que são as pastas políticas”.
Questionado se se arrepende dos protestos levantados pelo PSD no âmbito das eleições pelos círculos da emigração, que culminaram na sua repetição no da Europa e na perda de um deputado social-democrata, Rio respondeu negativamente.
“Como é que alguém se pode arrepender de ter pedido o cumprimento da lei? O Tribunal Constitucional – não por ação nossa – veio reafirmar o que dizíamos e que está muito claro no texto da lei, as pessoas têm de se identificar quando votam”, salientou.
Rui Rio disse não saber porque é que o PSD acabou por perder um deputado na repetição das eleições, mas considerou que não terá sido essa a razão.
O Presidente da República vai dar posse ao novo Governo esta quarta-feira, pelas 17:00 horas, numa cerimónia no Palácio Nacional da Ajuda.