O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afasta a hipótese de convidar António Costa a formar um novo Governo. Marcelo considera que seria uma falsa solução e apenas uma forma de adiar a dissolução do Parlamento.
O chefe de Estado diz que a única solução política para o país é o Governo governar melhor e a oposição fazer melhor oposição.
Reiterou que não faz sentido dissolver o Parlamento "no quadro atual da guerra, da crise económica e financeira, da situação existente com uma maioria absoluta eleita em eleições ainda não há um ano" e considerou que "os portugueses maioritariamente compreenderam e os partidos também" esta sua posição.
Depois, respondeu a quem sugere como alternativa o cenário de "demitir o Governo" para se "ensaiar com a mesma maioria outro Governo", declarando:
"E se o primeiro-ministro não quisesse? É dissolução do Governo. Portanto, é uma falsa solução".
"Isso é uma coisa que no sistema portugueses implica o conflito imediato entre o Presidente e o Governo e, portanto, sejamos claros: neste momento é insensato pensar na dissolução do Parlamento, e não há meios caminhos", acrescentou.
Polémicas com Gomes Cravinho
O Presidente da República diz ainda que é fundamental conhecer os factos que envolvem o caso do Ministro João Gomes Cravinho antes de tirar conclusões.
“Se há factos que suscitam o legítimo controlo da opinião pública, dúvidas e interrogações e esclarecimentos a prestar, isso é inevitável independentemente do questionário ter surgido num momento ou mais tarde”.