Rui Tavares defende que a “crise política pode ser ultrapassada” sem ter de ser realizada uma “remodelação cirúrgica” com uma alteração de ministros. À SIC Notícias, o deputado único do Livre entende que o Governo tem de estar disponível para “governar mais com o Parlamento”.
O Livre quer um Governo "mais dialogante institucionalmente, com mais sentido de responsabilização e liderança e uma dinâmica com o país muito mais transparente e aberta”.
Rui Tavares começa por dizer que não compreende porque é que o PS não governa mais com o Parlamento, “uma vez que tem uma maioria absoluta que lhe dá conforto, significa que lhe dá mais possibilidade de ouvir o resto do Parlamento e não menos”.
“É uma ideia errada esta de que uma maioria absoluta serve uma governação ensimesmada que quer tudo, pode e manda", afirma Rui Tavares.
No seguimento desta ideia, Rui Tavares sugere o regresso dos debates quinzenais, nos quais o primeiro-ministro se apresenta no Parlamento, para demonstrar uma atitude de liderança do seu elenco governativo.
O Livre considera que a polémica mais recente, em torno do Ministério das Infraestruturas, “não é normal” e compara a atuação do Governo com uma orquestra para concluir que as personagens políticas têm de criar harmonia, que é algo que tem “faltado”.
Portugal encontra-se numa “posição crítica” e seria ideal que o primeiro-ministro se dirigisse ao país.
“Acho que é um tempo para o próprio primeiro-ministro parar para pensar o que é que se quer de um Governo nesta fase do país?”
O Livre quer ouvir com urgência a presença do secretário-geral dos Serviços de Informação de Informações da República Portuguesa e do diretor do SIS.