O Presidente da República “discorda” da decisão de António Costa de manter em funções o ministro das Infraestruturas, apesar de este ter apresentado o pedido de demissão esta terça-feira.
Numa nota oficial da Presidência, o chefe de Estado sublinha que "o Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do Primeiro-Ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”.
Minutos depois de João Galamba anunciar que apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro, António Costa fez uma declaração ao país na qual anunciou que “não aceita” o pedido de João Galamba.
A partir de São Bento, o chefe do Governo explicou aos portugueses que apesar de estarmos perante um “incidente de natureza excecional mas que fere a natureza do Governo”, e do “gesto nobre” do ministro João Galamba que lhe dirigiu “uma carta apresentando o seu pedido de demissão”, não o pode aceitar por não ter qualquer indicio de que procurou ocultar informação" à Comissão de Inquérito à TAP.