Partidos (exceto PCP) unidos no voto contra a moção de censura do Chega
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Governo

Partidos (exceto PCP) unidos no voto contra a moção de censura do Chega

Montenegro não respondeu ao (segundo) ultimato de Ventura e o Governo enfrentou a primeira moção de censura. Depois do tenso discurso inicial do primeiro-ministro e de um 'ataque em massa' da bancada do PSD ao Chega, houve um momento de ironia protagonizado pelo "magnata do imobiliário" e, ao cair do pano, farpas do líder do Chega a todas as bancadas e uma promessa: "não desistiremos". Reveja os principais momentos de mais de três horas de debate.

Todo o direto

Montenegro reage à moção de censura do Chega e esclarece dúvidas sobre empresa familiar

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O primeiro-ministro recusou que um governante com ações numa empresa imobiliária fique necessariamente em conflito de interesses relativamente à lei dos solos, considerando que o mesmo raciocínio poderia ser aplicado aos deputados.

Partidos unidos no voto contra a moção de censura do Chega

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Hugo Maduro

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Sem surpresa, e no final de mais de três horas de discussão no Parlamento, PSD, PS, BE, CDS, IL, Livre e PAN uniram-se no voto contra a moção de censura apresentada pelo Chega, o único partido que votou a favor.

Os quatro deputados do PCP abstiveram-se

"Aquilo que esperávamos aconteceu", diz Ventura

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A fechar o debate no Parlamento, líder do Chega acusou o primeiro-ministro de não ter "respondido ao mais importante" e avisou: "Nós não desistiremos"

"Senhor primeiro-ministro, o ato falhado da sua última declaração mostra bem como não quis responder a Portugal e como o Parlamento terá de desencadear agora outros mecanismos de fiscalização sobre aquilo que ficou mal esclarecido em toda esta situação", disse Ventura sem mencionais qual ou quais.

"É a primeira vez na História de Portugal que um primeiro-ministro é chamado ao Parlamento não só nem exclusivamente pela sua governação, mas pela sua integridade e pela luta contra a corrupção".

A moção de censura intitulada "Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave", teve na origem a situação da empresa da qual Luís Montenegro foi sócio até junho de 2022 e que agora pertence à sua mulher e aos filhos de ambos.

"Governo liderou e vai continuar a liderar"

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Num tom mais calmo do que na intervenção inicial, Luís Montenegro fez o discurso de encerramento de uma discussão acesa no Parlamento, sobretudo entre a bancada do PSD e Chega.

"Este Governo tem respondido à crescente instabilidade exterior com uma liderança estabilizadora no seio do nosso país. Liderar pela estabilidade é condição de sucesso para o futuro do país. Assumo aqui um compromisso, que é um pedido para todos: vamos segurar este grande ativo que é a nossa estabilidade", apelou.

Montenegro apelou a que a estabilidade política seja mantida para que o país possa "construir mais crescimento, criar mais riqueza" e mais justiça social.

"É esse o caminho de liderança, de estabilidade e de esperança que Portugal precisa e é disso que nós vamos continuar a falar", disse, vincando que "em tempos tão desafiantes, o país não precisa de hesitação, que assenta em receitas do passado, nem de populismo, que assenta em fantasias do futuro".

Montenegro arrumou o assunto?

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Numa primeira análise ao debate da moção de censura, que ainda decorre no Parlamento, a editora de Política do Expresso, Eunice Lourenço, e o comentador SIC, Gonçalo Ribeiro Telles, respondem à questão sobre se os esclarecimentos de Luís Montenegro encerram o assunto ou, se pelo contrário, deixaram mais dúvidas no ar.

Moção é "fuga em frente" de um "partido desorientado"

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A deputada do PCP, Paula Santos, considerou que o Chega "é tão reponsável quanto ao Governo" no que à lei dos solos diz respeito e se "há possibilidade de beneficiar com a especulação que a lei permite, o Chega permitiu que assim fosse".

O objetivo desta moção é "desviar atenções dos casos em que o Chega está envolvido, é uma manobra para sacudir responsabilidades"

Mas, concluiu, "o PCP não patrocina esta manobra do Chega".

"Moção de censura é só para tapar vergonhas da bancada do Chega"

No pulpito, a coordenadora do Bloco de Esquerda lembrou que o "Chega viabilizou a lei dos solos" e contestou o facto de ser apenas por "oportunismo político" que "nos arrastou hoje para este debate".

"Moção de censura é só para tapar vergonhas da bancada do Chega(...). Diga aos portugueses que queria estar ao lado de Luís Montenegro no Governo mas como não consegui, apresento moções de censura" e "peça desculpa aos portugueses por ser um partido financiado pelo imobiliário"

As três ofertas do "magnata do imobiliário" Luís Monenegro ao Chega

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Para provar que a lei dos solos não se aplica às suas propriedades, e recorrendo à ironia, Luís Montenegro, enquanto "magnata do imobiliário", garantiu estar disponível para ceder um terreno, um lameiro e uma pastagem ao Chega.

André Ventura, o "aliado", e a "moção de conveniência"

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A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, criticou o facto de o primeiro-ministro ter escolhido participar neste "show mediático" e "triste espetáculo" em vez de ter prestado esclarecimentos mais cedo.

Quanto à lei dos solos disse estar "claramente contaminada" mas lembrou que André Ventura e a bancada do Chega foi o "aliado" e a "bóia de salvamento" do Governo

Pedro Pinto responde a acusações com (novo) ataque ao Governo

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O líder parlamentar do Chega "culminar de casos desde que foi eleito - INEM, bombeiros, reforma da justiça não existe -, é isto que tem feito: pouco ou nada"

"Governo podia cair se o PS foi responsável. Se fosse um Governo do PS, o que fazia?"