Governo

Moção de censura: Governo de Montenegro 'bate recorde' que pertencia a Sócrates

É votada, esta quarta-feira, a moção de censura do PCP que, se fosse aprovada, levaria à queda do Governo. Mas, tal como aconteceu há menos de duas semanas com a moção do Chega, também a iniciativa comunista tem chumbo anunciado.

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12 dias depois é praticamente certo que as bancada do PDS e do CDS vão voltar a aplaudir o resultado da votação. A primeira moção de censura, no dia 21 de fevereiro partiu do Chega e foi chumbada. A desta tarde é apresentada pelo PCP.

Em ambos os casos relacionadas com a polémica à volta da empresa da família de Luís Montenegro.

Esta iniciativa do PCP faz com que o atual Governo passe a deter um recorde que pertencia a um dos executivos liderados por José Sócrates, quando foi alvo de duas moções de censura em menos de um mês. Agora o intervalo não chega a duas semanas.

Escrutínio que, apesar de algumas alterações no sentido de voto, como é o caso do PS e Chega, vai ter o mesmo resultado: a rejeição da moção de censura.

Desde logo porque para ser aprovada eram precisos 116 votos a favor. E isso só seria possível com o apoio do PS. “Não viabilizámos a última moção de censura e obviamente não viabilizaremos também esta moção de censura [do PCP]”, esclareceu Pedro Nuno Santos.

Já depois desta declaração feita no sábado, Pedro Nuno Santos admitiu que no futuro o PS pode vir a apresentar uma moção de censura própria. Mas por enquanto, os socialistas apostam numa comissão parlamentar de inquérito e exigem mais esclarecimentos ao primeiro-ministro.

A discussão no Parlamento começa às 15h00 com a oposição outra vez dividida, o que implica a rejeição da moção de censura do PCP.