Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo
MIGUEL A. LOPES/LUSA

Terminado

Governo

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

O Parlamento chumbou a moção de rejeição do PCP ao Programa do XXV Governo Constitucional, com votos contra do PSD, Chega, PS, IL, CDS-PP e JPP, abstenção de PAN e votos favoráveis de PCP, Livre e BE. O primeiro-ministro afirma que o Executivo sai legitimado.

Todo o direto

Programa do Governo viabilizado: chumbada moção de rejeição apresentada pelo PCP

Loading...

No segundo dia de debate, no Parlamento, do programa do novo Governo, foi votada uma moção de rejeição, apresentada pelos comunistas. Mas só Bloco de Esquerda e Livre se juntaram ao PCP e confirmou-se o pré-anunciado chumbo da moção.

Montenegro diz que Governo sai "legitimado" após chumbo de moção de rejeição

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

Lusa

O primeiro-ministro sublinha que o Governo sai do parlamento legitimado, depois da discussão do programa, e concentrado em resolver problemas das pessoas e crescer economicamente, esperando colaboração da Assembleia da República.

Em breves declarações aos jornalistas no parlamento, depois de discutido o programa do Governo e chumbada a moção de rejeição apresentada pelo PCP, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o executivo sai "legitimado e investido pelo parlamento" e "agora cumpre-lhe executar o seu programa".

"É isso que nós vamos fazer, concentrar-nos na resolução dos problemas que afetam a vida das pessoas, projetando a qualidade de vida de cada uma e projetando o crescimento da nossa economia para criarmos mais riqueza e podermos ter mais justiça social", acrescentou.

O momento em que a moção de rejeição do programa do Governo foi chumbada

Loading...

Foi chumbada a moção de rejeição do programa do Governo, que foi apresentada pelo PCP. A moção foi rejeitada com os votos contra de Chega, CDS, IL, PSD, PS e JPP. Só PCP, BE e Livre votaram a favor, enquanto o PAN optou pela abstenção.

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

Acabada de ser chumbada a moção de rejeição do programa do Governo, que foi apresentada pelo PCP.

A moção foi rejeitada com os votos contra de Chega, CDS, IL, PSD, PS e JPP. Só PCP, BE e Livre votaram a favor, enquanto o PAN optou pela abstenção.

Discussão do documento já terminou

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

SIC Notícias

Os partidos vão votar no documento daqui a pouco.

Rangel e a alegoria do "apagão político"

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, foi o membro do Executivo escolhido para encerrar o debate sobre o programa do Governo. O governante escolheu fazer uma alegoria entre o apagão elétrico que atingiu o país em abril e o que chama de “apagão político” que atingiu o país. 

Rangel afirma quehá um antes e um depois do apagão e que, na sequência dele, foi preciso um “reset, um “restart. O mesmo, defende, se passou a nívelpolítico - com forças políticas que se juntaram e forçaram novas eleições, provocando um apagão político 

Apagaram o governo, contra a vontade do eleitorado”, aponta.

Tal como a rede elétrica, também a política nacional precisou, aos olhos de Rangel, de um “reset”, um ”restart, que foram as últimas eleições legislativas. 

E, se com o apagão elétrico houve lições a tirar, com o apagão político também, refere Rangel. O ministro diz até que isso já se sente nos outros partidos, que mostram disponibilidade para cooperar para haver estabilidade. 

Mas não basta exigir ao governo, que cumpra o que prometeu. É necessário também que as oposições cumpram a sua palavra e mostrem que estão à altura da responsabilidade”, avisa.Ninguém compreenderá que disposição de abertura dos dois maiores partidos da oposição desague em irresponsabilidade.” 

Paulo Rangel assume ainda a AD como “movimento político do meio”, perante a nova configuração política do país. 

Em relação a política internacional, Paulo Rangel defende que a solidariedade com a Ucrânia é para continuar. Já no que toca ao conflito no Médio Oriente, refere que Portugal exige a libertação dos reféns nas mãos do Hamas e respeita o direito de defesa de Israel. Diz, apesar de tudo, condenar a desproporção da resposta em Gaza e a política decolonatos na Cisjordânia,além dedefender a proibição da exportação de armas para Israel. Quanto ao reconhecimento do Estado da Palestina, para isso ainda será preciso aguardar. Já nos compromissos com a NATO, não haverá qualquer espera, uma vez que o ministro salienta a valorização das forças armadas e o desenvolvimento da indústria da Defesa como prioridades. 

Do discurso de Paulo Rangel não ficou de fora, ainda, a reforma do Estado. Diz que a AD quer um “Estado atlético” - “forte e elegante” -, em vez de um “Estado flácido e gordo”.  

Promete que o Executivo vai garantir a paz social e propiciar o crescimento, reabilitar a Saúde e a Educação, controlar e regular a imigração, dar prioridade à segurança e à Justiça, mudar o panorama da habitação e afirmar Portugal e os portugueses no mundo.  

Vamos fazer isto e vamos fazer muito mais, mas vamos fazê-lo com boas contas”, declarou, falando diretamente para o candidato a líder socialista José Luís Carneiro. Diz que em vez de “contas certas, este governo, ao contrário dos anteriores governos socialistas, terá contas justas. Porque são certas, mas não são cegas”, atirou. 

“É possível ter boas contas sem destruir Estado social”, concluiu. “Urge ter inciativa, modernizar o país, transformar Portugal.”

PSD confronta discurso contra "anti-tachos" de Ventura com lugares externos do Chega

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

SIC Notícias

Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, começa a falar da "tentativa falhada de se voltar ao comentariado desportivo e da tentativa falhada do show do populismo", confrontando o discurso do presidente do Chega contra "tachos" políticos, que incluiu o Conselho da Europa, com a existência de deputados deste partido em lugares externos por designação do parlamento.

Quanto às críticas por parte dos outros partidos sobre o programa do Governo, Hugo Soares não tem dúvidas que "este programa é um espelho cristalino, um reflexo claro do compromisso com a estabilidade e com a atitude reformista".

Sobre o programa do Governo "plagiado" que José Luís Carneiro, do PS, acusou esta terça-feira, Hugo Soares não esconde que "sim, o programa tem propostas de outros partidos", porque o PSD não é "daqueles que arrogam em donos da sabedoria plena".

A intervenção do presidente do Grupo Parlamentar do PSD provocou também um pedido de defesa da honra do candidato a secretário-geral do PS, José Luís Carneiro.

Hugo Soares responsabilizou-o pelo fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e José Luís Carneiro apontou que essa medida foi concretizada em 2021 e que, no seu caso, apenas assumiu a pasta da Administração Interna em 2022.

"Vou dar de barato que não foi o pai da extinção do SEF. Mas, se não assume, terei todo o gosto em estendê-la a todo o PS", comentou o presidente da bancada do PSD.

Montenegro é um "mau primeiro-ministro", mas a "impunidade está a chegar ao fim neste país"

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

SIC Notícias

André Ventura, do Chega, não poupa nas críticas a Montenegro e arranca com um "mau primeiro-ministro", porque "joga com os dois pés fora de jogo".

A sua bancada aplaude fortemente e Ventura não esconde o sorriso.

"Jogando dentro ou fora de campo", para o Chega, Montenegro é igual a António Costa, porque "jogaram sempre com a mesma equipa, a equipa do sistema que domina Portugal há 50 anos".

Ventura aproveita também para apontar a violência aos políticas e garante que para o seu partido "é claro": a "violência é condenável, ódio é condenável".

"O país está a mudar e esta nova força e esta nova energia não tem medo porque é cigano, porque é imigrante, ou minoria, porque se é criminoso vai ter de pagar por isso", reforça Ventura, sublinhando que "o país tem um novo líder da oposição".

Na sua intervenção, desafiou o primeiro-ministro a comprometer-se desde já com duas medidas: "dar uma pensão digna a todos os antigos combatentes deste país" e implementar "um grande plano para pôr a trabalhar todos aqueles que recebem subsídios indevidamente".

"O primeiro-ministro não conta com o PS": Carneiro deixa recado a Montenegro

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

SIC Notícias

“O primeiro-ministro não conta com o PS” para aquilo que José Luís Carneiro, do PS, diz ser um caminho que “esconde cortes nas reduções de direitos e o desinvestimento do estado social”.

Para o PS, é "incompreensível que não haja um quadro macroeconómico atualizado para sustentar o programa do Governo", acrescenta o ex-ministro da Administração Interna, referindo que "a consistência orçamental e a sustentabilidade financeira são elementos essenciais de credibilidade do país".

Portugal está a passar por uma "grave" crise da habitação e o programa do Governo "não espelha uma visão ambiciosa".

Os salários e o Serviço Nacional de Saúde foram outros dos temas que José Luís Carneiro não deixou de lado para criticar o Governo de Montenegro.

Na parte final do seu discurso, José Luís Carneiro recebe aplausos da sua bancada ao afirmar: "Senhor primeiro-ministro, não se engane, o nosso papel não é o de auxiliares, é o de fiscalizar e de legislar para servir o país. É o senhor que responde perante o parlamento, e não é o parlamento que responde perante si".

"Portugal precisava de uma rutura e o que recebeu foi uma vez mais um remendo", diz IL

Chumbada moção de rejeição ao programa do Governo

SIC Notícias

Mariana Leitão, líder parlamentar da Iniciativa Liberal, diz que há "muitas palavras", mas "pouca coragem deste programa do Governo".

"A Iniciativa Liberal apresenta-se como a oposição mais clara e consequente a este Governo, porque temos um programa alternativo, com medidas concretas (...), porque não temos medo de mudar o que está mal", salienta.

A IL diz ainda que o programa de Governo é "ofensivo" por estar "desenhado para não ofender ninguém" e pede um "choque de gestão no Estado", acrescentando que o PSD mantém país "preso a décadas de atraso".