Governo

Luís Montenegro reuniu a oposição para discutir aumento do investimento na defesa

O primeiro-ministro convocou os dois maiores partidos da oposição para uma reunião à porta fechada devido ao aumento do investimento na defesa. O PS está preocupado com o impacto orçamental, enquanto o Chega admite que alguns investimentos podem ser adiados.

O primeiro-ministro, Luis Montenegro (D), recebe o presidente do Chega, André Ventura, tendo em vista a preparação da participação de Portugal na Cimeira da NATO, que se realiza em Haia nos dias 24 e 25 de junho, e a decisão de reforço do investimento nacional em Defesa, na residência oficial de São Bento em Lisboa, 18 de junho de 2025.
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A AD venceu as eleições e começa a aplicar o programa do governo, ligeiramente diferente do programa da campanha, que não incluía o que agora é uma garantia: 2% do PIB para a Defesa já este ano.

O primeiro-ministro saiu do debate preparatório para o Conselho Europeu para confirmar, na próxima semana em Bruxelas, que o país vai aumentar o investimento na defesa.

Mas primeiro há uma Cimeira da NATO, que o governo preparou de seguida, em São Bento, à porta fechada, com os dois maiores partidos da oposição. Não será por aqui que a oposição vai levantar entraves.

E Luís Montenegro percebeu isso nas duas reuniões. Cerca de 45 minutos bastaram ao futuro líder socialista, José Luís Carneiro, e ao atual líder interino, Carlos César. Da parte do Chega, à reunião compareceu apenas o presidente do partido para uma reunião mais longa, 1 hora e 15 minutos.

Portugal, que sempre esteve longe da meta proposta pela NATO de 2%, parece agora que vai mudar. Pode é não ser suficiente, com o consenso entre os líderes da NATO a apontar para uma meta futura de 5%.