País fragmentado
Mais de 20 milhões de pessoas vivem hoje na Síria, segundo uma estimativa do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Cerca de 13,4 milhões estarão nas zonas dominadas pelo regime, que controla perto de dois terços do território.
À volta de 2,9 milhões vivem na região de Idlib, o último grande bastião dos grupos terroristas e rebeldes no Noroeste, incluindo 1,3 milhões de deslocados instalados em mais de um milhar de campos informais.
Cerca de 2,6 milhões de pessoas vivem nos territórios curdos, no Nordeste e no Leste.
Perto de 1,3 milhões estão em setores no norte da Síria, na fronteira com a Turquia, sob controlo das forças turcas e dos seus apoiantes sírios.
Economia devastada
Cerca de 13,4 milhões de pessoas na Síria precisam de ajuda humanitária para viver, calcula a ONU.
O Programa Alimentar Mundial estima que 12,4 milhões vivem numa situação de insegurança alimentar.
Mais de 60% das crianças na Síria arriscam a fome, segundo a organização não-governamental (ONG) Save the Children.
O custo económico de 10 anos de guerra foi avaliado em 1.200 mil milhões de dólares (1.008 mil milhões de euros) num relatório recente da ONG World Vision.
A queda nas receitas de hidrocarbonetos durante a guerra foi estimada em 91,5 mil milhões de dólares (76,8 mil milhões de euros) pelo ministro do Petróleo e Recursos Naturais da Síria, em fevereiro.
Suleiman al-Abbas indicou que o nível de produção antes da guerra era de 400 barris/dia e que em 2020 foi de 89 barris/dia, dos quais 80 nas regiões curdas.
Em 10 anos de guerra, a libra síria desvalorizou 98% em relação ao dólar no mercado negro.
Os preços dos géneros alimentares são 33 vezes mais altos hoje em relação à média dos cinco últimos anos pré-guerra, segundo a ONU.
O preço do pão subsidiado aumentou seis vezes nas zonas do regime em comparação com 2011.
Infraestruturas em ruína
Um terço das escolas foram destruídas ou requisitadas por combatentes, segundo a ONU e apenas 58% dos hospitais do país estão "totalmente operacionais".
Cerca de 70% do pessoal de saúde fugiu do país.
Mais de 2,4 milhões de crianças não vão à escola na Síria, segundo a UNICEF.
Cerca de 70% das subestações da rede elétrica e da sua rede de distribuição de combustível estão fora de serviço, de acordo com o Ministério da Energia sírio, em 2019.