O ataque lançado por Teerão, na terça-feira, contra o território israelita, em resposta à incursão de Telavive no Sul do Líbano "é a primeira vez que vemos um confronto deste nível desta dimensão entre Israel e o Irão", diz o correspondente da SIC no Médio Oriente.
Henrique Cymerman recorda que o Irão atacou Israel a 14 de abril, "quando o Irão lançou 330 mísseis balísticos de cruzeiro e drones sobre Israel, a maioria deles foram intercetados, a quase totalidade". Mas a 1 de outubro o Irão "aumentou o número de missões balísticos, o que podia ter provocado milhares de vítimas em Israel", mas, "os sistemas de defesa israelitas com a ajuda dos Estados Unidos e de outros países da região, entre eles vários países árabes, conseguiram intercetar grande parte desses mísseis".
"Eu soube de fontes bastante fidedignas que o Presidente [do Irão] Masoud Pezeshkian não foi informado sobre o ataque até poucos minutos antes (...) Agora, este ataque do Irão no fundo vai provocar um contra-ataque israelita".
A guerra continua em sete frentes
Os Estados Unidos "estão completamente ao lado de Israel nesta necessidade de reagir (...)os norte-americanos têm aqui uma força militar como nunca tinham tido com 2 porta-aviões com várias esquadras de aviões F 35".
Israel mantém fogo aberto em vários níveis e esta manhã deu ordem de evacuação imediata a aldeias do Sul do Líbano.
"Israel vai continuar a tentar de alguma forma limpar o Sul do Líbano dos túneis das forças de elite Radwan. Eu sei que nas últimas horas houve batalhas bastante importantes com bastantes vítimas, provavelmente de soldados. Eles conseguiram chegar a túneis onde encontraram todo tipo de arsenais preparados para outro 7 de Outubro para atacar Israel. (...)há uma tensão muito grande, no fundo, a guerra continua em sete frentes".