A jornalista Leila Salim, que está ao serviço da SIC em Beirute, diz que é uma cidade debaixo de fogo e conta como é que a população se está a proteger dos bombardeamentos israelitas.
"A situação tem sido terrível, só se intensifica nas duas últimas semanas. Durante esta noite, [houve] um conjunto de bombardeamentos ao subúrbio sul de Beirute. O Líbano é um país muito pequeno e as distâncias são todas muito concentradas, então esse subúrbio, por exemplo, fica a 7 km aqui da minha casa, que é no centro de Beirute".
Outro bombardeamento israelita à atingiu um comité de saúde islâmica vinculado ao Hezbollah, que matou sete paramédicos profissionais de saúde, a 3 km da casa da jornalista.
"A sensação é de uma tensão permanente, um medo permanente que tem afetado toda a população".
As forças da defesa de Israel têm emitido constantes avisos à população para abandonar algumas zonas e muitas pessoas já deixaram o país, especialmente a capital e o subúrbio sul, mas os avisos são feitos com pouca antecedência, explica Leila Salim.
"Eu passei a noite toda, a madrugada, monitorizando esses do exército israelita que têm sido feitos no X, ex-Twitter, com cerca de 30 minutos no máximo de antecedência, então isso não permite um deslocamento dessas famílias", não é tempo suficiente.