Israel atingiu as instalações da ONU no Líbano. Itália e Espanha já exigiram explicações a Israel, que continua a expandir a invasão terrestre no sul do país vizinho. De várias partes do mundo crescem os receios de que o Líbano esteja, tristemente, a transformar-se numa nova Gaza.
A missão de paz, estabelecida no sul do Líbano desde 1978, engloba 1.000 Capacetes Azuis de países como França, Malásia, Gana e Indonésia, de onde eram os dois soldados feridos. Na véspera, o quartel-general já tinha sido atingido, no que é caracterizado por Espanha e Itália, países com soldados na força de paz da UNIFIL, como violações muito graves do direito internacional.
À semelhança dos dias anteriores, o exército israelita prosseguiu com os bombardeamentos ao sul do Líbano e aos subúrbios do sul de Beirute, mas agora também em bairros no centro da capital. Tal como em Gaza, Israel emitiu avisos de evacuação para os moradores, enquanto a outros foi dada a ordem de não regressarem às suas casas.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas delimitou uma fronteira para o Hezbollah no interior do território libanês. Cada vez mais há receios de que o Líbano esteja a ser transformado numa nova Gaza.
Entretanto, as agências humanitárias em Gaza denunciam que os ataques israelitas estão novamente a intensificar-se. Dezenas de pessoas morreram em mais um bombardeamento a uma antiga escola que servia de refúgio. As Nações Unidas alertam que Israel está a colocar entraves à entrada de ajuda humanitária no território.
O exército israelita emitiu novas ordens de evacuação para uma população sem capacidade de movimentar-se num território destruído, incluindo uma de 24 horas para os doentes internados em três hospitais no centro de Gaza.