A União Europeia condenou os recentes ataques das forças israelitas contra os capacetes azuis no sul do Líbano e reafirmou a importância da presença da missão de paz das Nações Unidas na região. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, criticou Israel por cruzar mais uma "linha vermelha" ao atacar as forças da ONU, que têm um papel essencial na manutenção da paz.
Após horas de intensas negociações entre os 27 Estados-membros, foi emitida uma declaração conjunta que reforça o compromisso europeu com a missão da UNIFIL, que conta com a participação de 16 países europeus. Apesar das exigências de Benjamin Netanyahu pela retirada dos capacetes azuis, a União Europeia permanece firme em continuar o mandato das tropas no sul do Líbano.
Países como Espanha e Irlanda, porém, vão além e defendem a revisão do acordo comercial entre a União Europeia e Israel como forma de pressão. No entanto, esta proposta não gera consenso. Portugal, por exemplo, está disposto a apoiar sanções a ministros israelitas que incitem ao ódio, mas, mais uma vez, a unidade europeia sobre esta questão é incerta.
Enquanto isso, o conflito no Médio Oriente, marcado pela escalada de violência, continua a dividir os Estados-membros, que procuram equilibrar o apoio à segurança de Israel e a crescente preocupação com as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.