O ministro da Defesa de Israel desmentiu o chefe da diplomacia e avisou que a guerra só terminará com a aniquilação do Hezbollah.Esta terça-feira, houve bombardeamentos no sul de Beirute e foi lançado o ataque mais a norte do Líbano até agora realizado pelos caçasisraelitas.
O bombardeamento teve como alvo a povoação de Ain Yaaqoub,junto à fronteira da Síria.
Nos subúrbios sul de Beirute,os israelitas ordenaram a evacuação de 14 prédios. Voltaram a bombardear o bairro de Dahiya, o reduto do Hezbollah, de onde fugiu já quase toda a população.
No sul do Líbano, a ordem de saída foi imposta a 14 povoações. Os residentes negam que a área fosse um alvo militar legítimo.
Segundo o governo libanês, os últimos bombardeamentos provocaram dezenas de vítimas.
O ministro israelita da Defesa desmentiu já o chefe da diplomacia de Telavive, que admitiu perspetivas de um cessar-fogo em breve. Garantiu que a ofensiva continua até serem alcançados os objetivos.
Sirenes também soam em Israel
Em Israel, as sirenes voltaram a soar esta terça-feira. O Hezbollah diz que lançou mísseis contra uma base militar a sul de Telavive.
No norte do país, a explosão de um foguete do movimento xiita libanês matou dois habitantes de um kibutz.
Nos arredores de Haifa, um drone caiu no pátio de uma creche.
Drama em Gaza persiste
No norte da Faixa de Gaza, as tropas israelitas voltaram a expulsar os civis. Separaram os homens das mulheres e lançaram novas operações para anular o alegado reaparecimento da resistência do Hamas.
No centro e no sul do território, continuaram os bombardeamentos a áreas já bombardeadas e destruídas. A maioria das vítimas foram mulheres e crianças.
À comunidade internacional, Israel garantiu que está a cumprir as obrigações humanitárias e que tenta respeitar o ultimato dos Estados Unidos para aumentar a entrada de ajuda no enclave. Nas últimas horas, 30 camiões cruzaram a fronteira.
A agência das Nações Unidas que fornece ajuda aos palestinianos fala em entradas a conta gotas e em bloqueios como arma de guerra. Segundo a ONU, a fome generalizada afeta já mais de dois milhões de pessoas. A situação mais grave vive-se atualmente no norte da Faixa de Gaza.